Gerdau lança programa de biocombustíveis a partir do óleo caseiro.
No último mês, a Gerdau anunciou o
lançamento do programa Bionergia Social, parceria da empresa com a
startup Bchem Biocombustíveis, que participa do Acelera Mestrado e
Doutorado da FIEMG Lab. O programa tem o intuito de orientar a
população sobre os problemas causados pelo descarte incorreto do
óleo, gerar emprego e renda, bem como produzir energia renovável,
de forma inovadora, a partir da coleta do material e posterior
transformação em biodiesel.
As cidades que recebem o programa,
neste primeiro momento, são: Congonhas, Conselheiro Lafaiete,
Itabirito, Moeda, Ouro Branco e Ouro Preto. Depois, expandirá para
Belo Vale, Mariana e Santana do Paraopeba.
Em sua primeira fase, o Bionergia
Social desenvolverá uma série de atividades educacionais com a
comunidade das cidades onde será implementado. Escolas,
estabelecimentos comerciais, associações e outras entidades vão
receber palestras de conscientização sobre as consequências do
descarte incorreto do óleo, que afeta redes de esgoto, represas,
rios, oceanos e solo. Com isso, ocorrem entupimentos e altos níveis
de poluição, o que compromete a cadeia alimentar aquática, eleva
pragas urbanas (ratos e baratas), problemas de higiene e mau cheiro,
além de causar danos irreparáveis ao meio ambiente.
Restaurantes, bares, pastelarias,
padarias, hospitais, escolas e outros estabelecimentos interessados
poderão se cadastrar, por meio da página do Facebook do programa ,
para receberem gratuitamente um coletor de óleo e se tornarem ponto
de coleta para a população. O recolhimento do óleo usado será
realizado de forma gratuita pela startup Bchem Biocombustíveis.
Na segunda etapa, com previsão para
o segundo semestre de 2018, terá início a produção do biodiesel
pela startup, por meio de um processo inovador, que não gera
resíduos. Após validações, o combustível será utilizado em
equipamentos. A estimativa de produção de óleo de soja no Brasil
para 2018 é de 8,5 milhões de toneladas, segundo informações da
Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Desse montante, menos de 1% é reciclado.
Cada um litro de óleo despejado
diretamente no meio ambiente contamina até 25 mil litros de água.
No processo de tratamento de água para consumo, o descarte incorreto
do óleo representa um aumento em até 45% do custo.
Fonte: ENVOLVERDE
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