Aparelho de startup permite produzir plantas medicinais em casa.
Um equipamento inédito que permite
a produção dentro de casa de plantas aromáticas e medicinais. Este
é o objetivo de projeto realizado pela startup Aeropônica,
Instituto Agronômico (IAC-APTA) e APTA Regional. O trabalho visa o
desenvolvimento de um equipamento portátil para produção de
plantas dentro de casa, sem o uso de solo. O projeto recebeu
financiamento de R$ 160 mil do Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em
Pequenas Empresas (PIPE).
Na Agrishow 2018, em Ribeirão
Preto, será apresentado o primeiro protótipo do equipamento, com a
produção de hortaliças folhosas, pimentas e plantas aromáticas,
além de batata-semente. “Por meio da utilização de luz
artificial e nebulização é possível produzir diversos tipos de
planta, inclusive aquelas que são utilizadas no dia a dia para o
preparo das refeições. O principio é a utilização da técnica
chamada de aeroponia, desenvolvida em São Paulo pela APTA para a
produção comercial de batata-semente”, explica Thiago Factor,
pesquisador do IAC.
A aeroponia é uma vertente da
hidroponia e consiste no cultivo de planta sem a necessidade de solo
ou substrato. No sistema, as raízes ficam suspensas no ar e a planta
é alimentada por nebulização de gotículas de água carregadas de
nutrientes. A APTA adaptou a tecnologia para produção de
batata-semente em São Paulo. Com ela, é possível a produção de
quatro vezes mais batata-semente, utilizando 90% menos de água.
“Esta é uma tecnologia já adotada por alguns produtores
paulistas. Estamos agora adaptando para que ela seja utilizada em
domicílios, por pessoas que nunca cultivaram uma planta”, afirma o
pesquisador.
A parceria entre a startup, o IAC e
a APTA Regional surgiu após o proprietário da Aeropônica, Alex
Humberto Calori, finalizar o doutorado na Pós-Graduação IAC em
Agricultura Tropical e Subtropical e o estágio na unidade de
pesquisa de Mococa. “Percebi que havia demanda de produtos
customizados de hidroponia e aeroponia para ambientes indoor. O
conhecimento obtido na época do estágio, no mestrado e doutorado no
IAC contribuíram para consolidar meus conhecimentos nesses dois
sistemas de produção, o que foi fundamental para o desenvolvimento
deste produto inovador”, diz Calori.
Este foi o primeiro projeto oriundo
da Pós-Graduação do IAC a receber financiamento do PIPE-Fapesp.
“Além da pesquisa básica, a Pós-Graduação do Instituto
Agronômico trabalha com pesquisa aplicada, que visa o
desenvolvimento de produtos e processos passíveis de obtenção de
propriedade intelectual e de serem trabalhados em uma empresa”,
explica Luis Felipe Villani Purquerio, pesquisador do IAC que foi
orientador de Calori no Mestrado e Doutorado.
Fonte: ENVOLVERDE
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