Chimpanzé
argentina libertada por Habeas Corpus vem morar no Brasil.
Cecília entra para a história como o primeiro
grande primata a ter o direito de viver em um santuário por meio de instrumento
jurídico humano.
04/04/2017: A data entrará na história mundial da
luta pela liberdade e pelos direitos dos animais não humanos. A chimpanzé
Cecília, que vivia no zoológico de Mendoza, na Argentina, chega amanhã em sua
nova casa, o Santuário de Grandes Primatas de Sorocaba, em São Paulo, afiliado
ao Projeto GAP.
É a primeira chimpanzé do mundo que está usufruindo na prática
do direito de viver em um santuário, concedido por meio de um Habeas Corpus,
um instrumento jurídico, até então, exclusivamente humano.
Cecília, chimpanzé fêmea de 19 anos, vai morar no
Santuário de Grandes Primatas, em Sorocaba (SP).
O pedido do Habeas Corpus foi feito pela ONG
argentina AFADA – Associacion de Funcionarios y Abocados pelos Derechos de los
Animales à Justiça do país, com argumentos que a chimpanzé é um sujeito de
direito, e não um objeto, e que se encontrava em condições de cativeiro muito
ruins no zoológico. O processo correu por mais de um ano na Justiça argentina
até que a Juíza Maria Alejandra Maurício, de Mendoza, concedeu o pedido e
determinou a transferência de Cecília para o santuário brasileiro.
Outras tentativas de libertação de grandes primatas
de cativeiros inadequados no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa por meio de
um Habeas Corpus já foram e vêm sendo feitas, mas até o momento
não tiveram sucesso e, por diversas razões, as transferências para os
santuários não aconteceram.
Cecília tem 19 anos e é a única sobrevivente de um
grupo de chimpanzés que morava no zoológico.
Ela ficou sozinha depois da morte
inesperada, em um curto espaço de tempo, de seus companheiros Charly e Xuxa,
ficando muito depressiva. Além disso, as condições em que se encontrava eram
precárias, piorando ainda mais seu estado físico e mental. No Santuário de
Grandes Primatas de Sorocaba, ela passará por um período de quarentena e depois
será introduzida em um dos grupos dos mais de 50 chimpanzés que hoje vivem no local.
Fonte: ENVOLVERDE
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