USP cria
modelos em 3D para substituir uso de animais em laboratórios.
Modelos de pele
humana impressos em 3D para substituir animais em testes de cosméticos são o
tema do trabalho da pesquisadora Carolina Motter Catarino, que acaba de receber
um prêmio internacional. A pesquisa de doutorado realizada no Rensselaer
Polytechnic Institute, em Troy (Estados Unidos), é uma das premiadas pelo The
2017 Lush Prize, destinado a descobertas sobre testes que eliminem o uso de
animais. A base do trabalho premiado foi o desenvolvimento de um modelo de pele
humana reconstruída in vitro para testar toxicidade, realizado na Faculdade de
Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, com orientação da professora Silvya
Stuchi.
Em alguns países
onde o teste de cosméticos usando modelos animais ainda é permitido, são usados
animais como coelhos e ratos, entretanto, muitos países baniram essa prática em
favor do uso de métodos alternativos. “Por exemplo, em 2009 a União Europeia
proibiu o uso de animais para testes de cosméticos e em 2013 proibiu a venda de
produtos que tenham sido testados em animais”, relata Carolina. Quanto aos
testes em animais no Brasil, um projeto de lei esta tramitando no Senado
Federal para proibição efetiva do uso de animais para testes de produtos
cosméticos e de higiene pessoal. “Uma série de métodos alternativos foram
desenvolvidos nos últimos anos, como os modelos de pele humana reconstruída in
vitro.
De acordo com a pesquisadora, os testes com animais apresentam inconveniências. “Primeiramente, os animais são fisiologicamente muito diferente dos seres humanos, como por exemplo, a composição e estrutura das camadas da pele e concentração de folículos capilares”, aponta. “Essas e outras diferenças podem gerar resultados que não são reproduzidos em humanos posteriormente ou até mesmo não antecipar possíveis efeitos adversos”.
Fonte: JORNAL
DA USP
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