Pnad Contínua: 24,8 milhões das
pessoas de 14 a 29 anos não frequentam escolas no país.
ABr
Os motivos relacionados ao mercado de trabalho
para não ir à escola foram mais frequentes entre os homens. Foto:
Arquivo/Agência Brasil.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Contínua) 2016 divulgada hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) estima que 24,8 milhões das pessoas de 14 a 29
anos de idade não frequentavam escola, cursos pré-vestibular, técnico de nível
médio ou de qualificação profissional no ano passado.
As razões mais frequentes para não estarem
estudando foram por motivo de trabalho, seja porque trabalhava, estava
procurando trabalho ou conseguiu trabalho que iria começar em breve (41%); não
tinha interesse em continuar os estudos (19,7%); e por ter que cuidar dos
afazeres domésticos ou de criança, adolescente, idosos ou pessoa com
necessidades especiais (12,8%).
Os motivos relacionados ao mercado de trabalho para
não ir à escola foram mais frequentes entre os homens (50,5%). Além disso,
entre eles, 24,1% disseram não ter interesse, e 8,2% já tinham concluído o
nível de estudo que desejavam.
Para as mulheres, o motivo relacionado a trabalho
para não estudar também foi o mais frequente (30,5%); 26,1% delas alegaram ter
que cuidar dos afazeres domésticos ou de criança, adolescente, idosos ou pessoa
com necessidades especiais, proporção 30 vezes superior à observada entre os
homens; e 14,9% não tinham interesse.
No Brasil, em 2016, havia 51,6 milhões de pessoas
de 14 a 29 anos de idade. Desse total, 13,3% estavam ocupadas e estudavam;
20,5% não trabalhavam e não estudavam; 32,7% não trabalhavam, mas estudavam e
33,4% estavam ocupadas e não estudavam.
Entre os homens nesse grupo etário, 14,7% não
trabalhavam nem estudavam. No caso das mulheres, esse percentual chegou a
26,4%. Em relação à cor ou raça, a maior diferença entre os grupos foi estimada
para as pessoas que não trabalhavam nem estudavam: 16,6% para as de cor branca
e 23,3% para as pretas ou pardas.
Educação profissional
Em 2016, entre os 8 milhões de estudantes do ensino
superior de graduação no Brasil, 842 mil frequentavam cursos tecnológicos, o
que corresponde a 10,5% do total de alunos do ensino superior. A graduação
tecnológica tem enfoque específico em uma área profissional, duração de 2 a 3
anos, e sua conclusão confere diploma de tecnólogo.
Em relação ao curso técnico de nível médio, 2,1
milhões cursavam essa modalidade de educação profissional destinada aos
estudantes de ensino médio ou às pessoas que já o tinham concluído.
Em 2016, entre as 75,3 milhões de pessoas de 14
anos ou mais de idade que estudavam na Alfabetização de Jovens e Adultos ou no
ensino fundamental e aquelas que fizeram, no máximo, o ensino fundamental (ou
equivalente), 0,8% estavam frequentando curso de qualificação profissional, o
que equivale a 568 mil pessoas.
Cerca de 15,8 milhões de pessoas de 14 anos ou mais
de idade já haviam frequentado, em algum momento, algum curso de qualificação
profissional, modalidade mais acessível da educação profissional, composta de
diversos cursos que visam a capacitar o indivíduo para o trabalho em uma
determinada ocupação sem, porém, aumentar seu nível de escolaridade
Edição: Maria
Claudia
Fonte: Agência
Brasil
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