segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Câmara analisa projeto que incentiva a agricultura urbana.
A Câmara analisa projeto que incentiva a agricultura urbana no âmbito das políticas nacionais de interesse social (PL 9052/17). A proposta do deputado Nilto Tatto (PT-SP) prevê o incentivo por meio de dispositivos na Lei 11.124/05, que trata do Sistema nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) e que tem como um dos objetivos viabilizar para a população de menor renda o acesso à terra urbanizada e à habitação digna e sustentável.

O texto também prevê a implantação de projetos de agricultura urbana de base comunitária complementares aos programas habitacionais de interesse social.

Para Nilto Tatto, a prática da agricultura urbana surge como estratégia efetiva de fornecimento de alimentos, de geração de empregos, de garantia da segurança alimentar e de melhoria da nutrição dos habitantes das cidades.

“Além de complementar a alimentação das famílias de baixa e média renda, vislumbra-se também a geração de excedentes, que podem ser direcionados ao comércio local. O melhor aproveitamento dos espaços urbanos reduz sobremaneira o custo logístico, ao aproximar a produção do consumidor final, diminuindo também a pegada ecológica do processo”, defendeu o autor da proposta.


Fonte: ENVOLVERDE
Estado do Rio de Janeiro decreta situação de emergência por estiagem.
O governo do estado do Rio de Janeiro decretou nessa na última quinta-feira (25) situação de emergência nos municípios de Natividade, Itaperuna e São Francisco de Itabapoana pela estiagem registrada nos últimos meses. O decreto foi publicado no Diário Oficial de hoje (26).

Segundo o governo, as três cidades do norte fluminense já registram prejuízos na produção agrícola com a pouca ocorrência de chuvas. Em Natividade, produtores locais já teriam acumulado perdas de R$ 5 milhões. O decreto libera os municípios para contratar serviços e obras sem licitação, desde que sejam para atender à situação de emergência.  A medida terá vigência de 180 dias.

A meterologista Marlene Leal, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que uma massa de ar tropical está sobre parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste e têm impedido o avanço de frentes frias, que chegam do Sul. “Esse bloqueio deve ser rompido nos próximos dias. A gente tem uma previsão de chuvas que podem ser fortes, atingindo a região Centro-Oeste e o Sudeste como um todo”.


Fonte: ENVOLVERDE
Brasil estará no United Nations Economic and Social Council Youth Forum.
O Brasil estará presente, por meio de uma comitiva que contempla representantes do Governo, Sociedade Civil e de Empresas no United Nations Economic and Social Council Youth Forum (ECOSOC Youth Forum 2018), evento anual onde jovens de todo o planeta debatem e propõem ações para as políticas adotadas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Este é um dos eventos mais importantes de juventude no mundo e nesta edição, o evento trará, entre outros temas, o debate sobre o papel da juventude na construção de comunidades urbanas e rurais resilientes e sustentáveis. O evento acontece entre os dias 30 e 31 de janeiro, na sede da ONU em Nova York.

A comitiva brasileira que acompanhará o evento será formada por membros do Instituto Global Atitude, formado por jovens selecionados pelo projeto Democracia Civil e membros da empresa convidada Eureca – organização que busca empoderar jovens para empreender as transformações que o mundo precisa, seja dentro ou fora de corporações. Para Marcus Barão, Presidente do Fórum de Juventude dos Países de Língua Portuguesa (FJCPLP) e Vice Presidente do Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE) “O ECOSOC Youth Forum, pela sua institucionalidade e alcance global é uma oportunidade de contribuir de maneira concreta para a construção de soluções inovadoras para os desafios da nossa sociedade.”

Sobre o tema da edição 2018 do evento, que é o Papel da juventude na construção de comunidades urbanas e rurais resilientes e sustentáveis, Barão completa dizendo que “A vida acontece nas comunidades, urbanas ou rurais. É no território que as pessoas vivem, sofrem ou são felizes. Discutir este tema num espaço como este é fundamental para o desenvolvimento de uma visão global que seja capaz de se converter em ação e impacto local”.


Fonte: ENVOLVERDE
Ônibus elétrico de carga ultra rápido foi apresentado em Davos.
A carga rápida é um dos focos de atenção para quem pretende adotar os ônibus elétricos em frotas de transporte público. A multinacional ABB quer ficar o pé nesse nicho e a vitrine do Fórum Econômico Mundial é atrativa para a empresa, que se autodenomina a líder nessa área, com mais de 6 mil estações de recarga em 50 países. Em Davos, onde acontece o encontro, existem oito delas. Chamadas de Terra 53, as instalações tornam viável a movimentação dos ônibus totalmente elétricos com tecnologia Tosa, sigla para Sistema de Alimentação Otimizado para Trólebus.

Criado pela ABB na Suíça e em uso em Genebra, o Tosa e será implantado em breve na cidade francesa de Nantes. O destaque é o recarregamento da bateria em 20 segundos, durante o embarque e desembarque de passageiros. “A mudança para veículos elétricos não é mais uma questão de se, mas sim de quando e com que rapidez”, argumenta o CEO da ABB, Ulrich Spiesshofer.

De acordo com a empresa, recursos de energia eficientes já vêm sendo adotados em outros segmentos de infraestrutura. É o caso do transporte ferroviário e marítimo. A mobilidade eletrônica, por exemplo, está presente em navios petroleiros, cargueiros e de passageiros por meio dos sistemas Azipod, que movem as embarcações com hélices de propulsão elétrica direcionáveis de alta eficiência. Resultado: eles tornam-se mais manobráveis e podem reduzir a necessidade de combustíveis fósseis a bordo em 40% ou mais.


Fonte: INFRAROI
Seminário em São Paulo discute como levar comida aos habitantes da Terra.
Em São Paulo, o seminário FRUTO – Diálogos do Alimento reune hoje (26) 30 especialistas brasileiros e estrangeiros para responder à pergunta “como levar comida de qualidade para todos os habitantes do planeta?”.

Organizado pelo chef Alex Atala e pelo produtor Felipe Ribenboim, evento terá a participação do Centro de Excelência contra a Fome das Nações Unidas. Atividades serão transmitidas ao vivo e com tradução pelo YouTube.

Ao longo da sexta-feira e sábado, profissionais das áreas de sustentabilidade, gastronomia, agricultura, ciência e políticas públicas, bem como representantes da indústria de alimentos, discutirão estratégias para alimentar a população mundial — que, até 2030, chegará a 8,6 bilhões de pessoas.

Entre os palestrantes, estão Bela Gil, chef e defensora da cozinha natural; Carlo Petrini, fundador do movimento Slow Food; Céline Cousteau, ativista ambiental e integrante do Conselho de Oceanos do Fórum Econômico Mundial; Suzana Herculano-Houzel, neurocientista; Manuela Carneiro da Cunha, antropóloga; Ernst Götsch, agricultor e pesquisador especializado em sistemas agroflorestais sucessionais.

O Centro de Excelência contra a Fome da ONU será representado por Isadora Ferreira, oficial de comunicação da instituição. Com mestrado em desenvolvimento sustentável, a jornalista atua junto às Nações Unidas desde 2013 e já trabalhou também para a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), a WWF-Brasil, o Centro de Trabalho Indigenista e a Fundação AVINA.


Fonte: ENVOLVERDE
Uso indevido de medicação foi responsável por 33% de intoxicações.
O uso indevido de medicamentos foi responsável por 33,62% dos casos de intoxicação atendidos no Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) da Unicamp, em Campinas (SP) no ano passado. Segundo um levantamento feito pela instituição, dos 5.420 atendimentos realizados no centro em 2017, 1.822 estavam relacionados ao uso indevido de remédios.

De acordo com o médico Luiz Carlos Silveira Monteiro a automedicação ainda é uma cultura muito resistente na sociedade brasileira e o uso inadequado de medicamentos pode acarretar sérios prejuízos para a saúde podendo até levar a morte do paciente.

Segundo ele, há diversas análises que devem ser levadas em conta antes de prescrever um remédio. 

“A interação com outros medicamentos, por exemplo, é fundamental para um diagnóstico preciso e a melhor indicação medicamentosa. O uso inadequado de várias substâncias pode ainda dificultar o correto diagnóstico e aumentar o problema de saúde do paciente”, disse.

Monteiro explicou que as crianças e os idosos são os mais prejudicados pelo uso incorreto de medicamentos. As crianças estão mais sujeitas à ingestão acidental e à intoxicação, principalmente no período de férias. Os idosos podem confundir os medicamentos.

“Por isso é preciso separar esses remédios em frascos para facilitar a identificação pelo idoso. 

Colocar em recipientes de cores diferentes, por exemplo, facilita na hora da medicação”, orientou o médico.


Fonte: ENVOLVERDE
Santa Catarina implanta projeto Mulheres Livres.
Em Florianópolis (SC), nesta sexta-feira (26), o ministro da Justiça, Torquato Jardim, assinou o termo de cooperação entre o Ministério da Justiça, o Tribunal de Justiça e o Governo de Santa Catarina para a implantação do projeto Mulheres Livres. Santa Catarina é o segundo estado a aderir ao projeto. O primeiro foi o Paraná, há pouco mais de um mês.

“O objetivo do Mulheres Livres é criar uma rede de apoio para reinserção social de presas provisórias ou em regime especial que estão grávidas ou já são mães com filhos ainda pequenos”, explica o diretor geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Carlos Alencastro. A ideia do projeto é oferecer assistência jurídica e treinamento profissional para tirar as mulheres dos presídios e oferecer-lhes condições de se tornarem economicamente independentes.

A situação carcerária é uma das questões mais complexas da realidade social brasileira. O aumento das taxas de encarceramento desafia o sistema de justiça penal, a política criminal e a política de segurança pública. A equipe do Depen contabilizou 42.355 detentas nos presídios brasileiros. A taxa de crescimento no número de mulheres atrás das grades se expandiu a ritmo de 567% entre os anos 2000 e 2014. É mais do que o dobro dos 220% de crescimento no número de prisões de homens no mesmo período.

Esse grande aumento da população prisional feminina está diretamente relacionado ao tipo de crime cometido pelas mulheres, que obedece a padrões distintos dos cometidos pelos homens. O tráfico de entorpecentes corresponde a 62% das ações penais pelas quais as mulheres respondem.


Fonte: ENVOLVERDE

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Encontradas bactérias que podem combater o Aedes aegypti.
Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP), identificaram seis espécies de bactérias com potencial para serem usadas como biolarvicidas [agente natural que destrói larvas] no combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, Zika, febre amarela e chikungunya.

Dados preliminares da pesquisa, apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), mostraram que as espécies bacterianas podem matar até 90% das larvas. “Isolamos cerca de 30 diferentes bactérias encontradas no intestino de mosquitos coletados em Botucatu e as colocamos, uma a uma, em contato com as larvas desses insetos. Observamos em seis espécies bacterianas a capacidade de matar entre 60% e 90% das larvas, dependendo do isolado, em até 48 horas”, explicou o coordenador do Laboratório de Genômica Funcional & Microbiologia de Vetores (Vectomics) do Instituto de Biotecnologia (IBTEC), Jayme Souza-Neto.

Segundo o pesquisador, serão necessários novos estudos para caracterizar melhor o potencial larvicida dos microrganismos; avaliar as concentrações necessárias para que a ação ocorra; o período mínimo de exposição e o tempo que as bactérias permanecem ativas, entre outros fatores.

“O estudo ainda está em fase inicial. No futuro, também pretendemos isolar alguns produtos liberados por essas bactérias no meio para entender como ocorre a ação larvicida”, disse Jayme Souza-Neto, também professor da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp.


Fonte: ENVOLVERDE
Trisoft cria isolante térmico que usa garrafas pet como matéria prima.
As ondas de calor e os verões mais quentes, que afetam as cidades e regiões densamente povoadas, estão literalmente também aquecendo do mercado de isolamento térmico. A associação entre uma prática sustentável e de reaproveitamento de materiais recicláveis, fez a Trisoft se tornar a maior fabricante de itens com lã de PET da América Latina.

Com essa tecnologia, a empresa virou especialista em mantas térmicas recicladas e 100% recicláveis, que permitem um tratamento uniforme e durável para diversos tipos de construções.

A companhia destaca a importância de se optar por um produto que, além de ter qualidade, ofereça também sustentabilidade e melhore a qualidade de vida das pessoas.

“O mercado de mantas térmicas é apenas um dos 97 segmentos que atendemos. Em 2017, consumimos lã de PET equivalente a mais de 500 milhões de garrafas retiradas do meio ambiente e, em 2018, vamos aumentar esse número para 650 milhões”, garante Maurício Cohab, Diretor da companhia.
Além de não utilizar água em seu processo produtivo há mais de 10 anos, a Trisoft investiu na viabilidade de um produto que não prolifera chamas, não absorve nem retém água, não mofa e mantém suas características originais por muito mais tempo, por isso não necessita de manutenção e trocas constantes e ainda é extremamente seguro.


Fonte: ENVOLVERDE
Vacina de febre amarela é feita com vírus vivo atenuado e pode causar complicações.
O assessor científico sênior de Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-manguinhos)/Fiocruz, Akira Homma, grávidas só devem se vacinar contra a febre amarela se estiverem em uma zona endêmica, de alta circulação de vírus, e se houver recomendação médica, já que a vacina é feita com vírus vivo atenuado e pode atingir o feto.

Crianças menores de 9 meses também não devem ser vacinadas, assim como idosos.

Entre 9 meses e 2 anos, será aplicada a dose integral, bem em pessoas que viajarão para países que exigem a certificação internacional da vacina.

A imunização também não é recomendada para pessoas com doenças que comprometem o sistema imunológico, como aids, em tratamento quimioterápico, com doença hematológica ou que foi submetida a transplante de células-tronco.

O Laboratório de Bio-Manguinhos é o único produtor de vacina da febre amarela da América Latina e um dos quatro no mundo qualificados pela OMS. No ano passado, a produção na unidade foi de 64 milhões de doses, a pedido do Ministério da Saúde. Em anos normais, são feitas de 15 a 20 milhões de doses. Pare este ano, o ministério já solicitou cerca de 50 milhões de doses, segundo Homma.

O coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, explica que todos os casos registrados no Brasil atualmente são do ciclo silvestre da doença, quando o vírus circula na natureza, entre mosquitos que vivem nas copas das árvores, dos gêneros Sabethes e, principalmente, Haemagogus.

“Nas áreas de mata, o mosquito transita o vírus com primatas não humanos. Acidentalmente o homem pode ser infectado quanto adentra esses ciclos e é picado por um mosquito desses que normalmente se alimenta desses macacos. O que vemos hoje no Brasil é esse ciclo silvestre, são pessoas que acidentalmente são infectadas porque adentraram no ciclo silvestre”.

Segundo Rivaldo Venâncio, por causa da proximidade de algumas cidades com regiões de Mata Atlântica, com zonas de floresta, há risco de reintrodução do vírus da febre amarela em áreas urbanas. 

O especialista explica que os macacos não transmitem a doença e que são aliados na detecção da circulação do vírus porque servem de alerta.

“Os macacos que adoecem infectados pelo vírus da febre amarela servem como uma sirene para os epidemiologistas e autoridades sanitárias saberem que naquela região está circulando o vírus. Os macacos são nossos amigos, eles, diretamente, não infectam o ser humano em hipótese alguma. No ciclo urbano também, o humano não transmite diretamente para outro, é necessário o mosquito transmissor”.

Na febre amarela urbana, sem registros no Brasil até então desde 1942, os infectados são os humanos e os vetores são os mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No mundo, o registro mais recente de grande número de casos de febre amarela urbana ocorreu em Angola, em 2016, quando morreram mais de 350 pessoas. 


Fonte: ENVOLVERDE
Brasil tem condições de reduzir até 48% das emissões até 2050.
O dado é do estudo “Trajetórias de mitigação e instrumentos de políticas públicas para o alcance das metas brasileiras no Acordo de Paris”, uma das publicações que será lançada  nesta quarta-feira ( 24 de janeiro), pela ONU Meio Ambiente e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em Brasília. O evento marca a conclusão de um projeto de cinco anos tocado pelas duas instituições, que procurou identificar as opções de redução de emissões de gases de efeito estufa no país, assim como seus impactos na economia nacional.

A mudança do clima é um dos maiores desafios do nosso tempo, gerando impactos ambientais que vão desde enchentes e grandes secas a desequilíbrios da biodiversidade e consequências graves para a saúde humana. Nos últimos anos, o assunto tem reunido governos, empresas, terceiro setor e academia na busca de soluções para evitar o aquecimento do planeta e, ao mesmo tempo, combater futuras mudanças e se adaptar àquelas já irreversíveis.

Nesse contexto, o Brasil desenvolve uma série de ações a nível nacional, entre elas o projeto “Opções de Mitigação de Emissões de Gases de Efeito Estufa em Setores-Chave do Brasil”, que analisou de que forma os principais setores nacionais como indústria, energia, transportes, domicílio, serviços, agricultura, florestas, gestão de resíduos, entre outros, podem ser peças fundamentais para o alcance das metas do Acordo de Paris no Brasil.

Com informações para viabilizar uma economia de baixo carbono no país, a pesquisa e suas publicações têm o objetivo de auxiliar atores centrais do governo brasileiro na tomada de decisão ao estimar os potenciais e os custos de abatimento das emissões. Denise Hamú, representante da ONU Meio Ambiente, destacou: “O projeto é inovador. Diminui a distância entre governo, setor privado e academia, trazendo mais homogeneidade nos dados e informações sobre o tema no país, além de ser uma oportunidade ímpar para engajar os representantes dos ministérios em discussões especializadas e assim contribuir diretamente na formulação de políticas públicas sobre mudanças do clima”.

Os documentos trazem subsídios para apoiar o governo no desenvolvimento de uma estratégia de implementação da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), no âmbito do Acordo de Paris, e apontam o papel que cada setor econômico pode desempenhar para garantir o cumprimento das metas de emissões até 2030. A análise mostra, por exemplo, que serão necessários investimentos anuais de R$2,2 bilhões a R$15,4 bilhões para mitigar as emissões nacionais e que, assim, seria possível reduzir quase 50% das emissões até 2050.

Para o Dr. Márcio Rojas, Coordenador-Geral do Clima no MCTIC: “O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações cumpre de forma exemplar sua atribuição de oferecer à sociedade brasileira nada menos do que o estado da arte em conhecimento científico, tornando real a possibilidade de desempenhar uma reflexão genuinamente qualificada e de formular políticas baseadas em evidência”, declarou.


Fonte: ENVOLVERDE
Secretário da ONU alerta sobre crescimento do antissemitismo e neonazismo.
Em visita à sinagoga de Park East, em Nova Iorque, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que o antissemitismo e o neonazismo são problemas concretos e crescentes no mundo contemporâneo. Dirigente máximo do organismo internacional defendeu que “precismos nos unir contra a normalização do ódio”.

“Temos de rejeitar os que não conseguem compreender que, conforme as sociedades se tornam multiétnicas, multirreligiosas e multiculturais, a diversidade tem de ser vista como uma fonte de riqueza e não, de ameaça”, afirmou o chefe das Nações Unidas em pronunciamento. “Quase 80 anos após a queda do regime nazista, seus símbolos, mentalidades e linguagem ainda estão muito presentes entre nós.”

Guterres lembrou o avanço real do neonazismo, citando as atividades do grupo extremista Combat 18 e marchas realizadas no ano passado em apoio a ideais fascistas.

Uma mobilização da extrema-direita reuniu 60 mil pessoas na Europa. Alguns dos participantes carregavam cartazes com os dizeres “Europa Branca” e “Sangue Puro”. Também no continente, lideranças teriam questionado o consenso já estabelecido sobre a participação de seus países na deportação e perseguição de judeus.

“Em campi de universidades, esforços de recrutamento de simpatizantes nazistas dos supremacistas brancos estão em alta. Na internet, o ecossistema online dos brancos nacionalistas é espantosamente maior do que o de qualquer outro grupo extremista. A apenas algumas horas de carro da capital dos Estados Unidos, vimos manifestantes louvando Hitler e entoando (o slogan) ‘Sangue e Solo’”, afirmou Guterres, lembrando o acontecido em Charlottesville.

Segundo a Liga Anti-difamação, ocorrências de antissemitismo nos Estados Unidos aumentaram 67% em 2017 e 30% no Reino Unido.

O secretário-geral alertou ainda que tais grupos tentam às vezes defender falsamente “que não têm problemas com judeus”. Em vez disso, dizem que “seu alvo é o outro grupo, a outra religião, a outra minoria”. Contudo, frisou Guterres, uma vez que os valores da humanidade são abandonados, “todos estão em risco”.

Em 2018, o tema do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, observado em 27 de janeiro, destaca a importância da educação sobre a história.

“Líderes de todas as partes devem fazer mais. Palavras importam. O que líderes dizem importa. O exemplo que as autoridades públicas dão, de prefeitos a ministros e chefes de Estado, importa. 

Conforme disse o rabino Schneier, todos nós temos uma responsabilidade em agir contra a indiferença”, completou o chefe da ONU.


Fonte: ENVOLVERDE
Subida da temperatura global afeta o planeta de maneira profunda e drástica.
A tendência de crescimento das temperaturas globais, marcada pelo acúmulo de recordes em 2015 e 2016, manteve o ritmo no ano passado. A agência meteorológica das Nações Unidas alertou que a pressão contínua sobre o Ártico em 2017 terá “repercussões profundas e duradouras no nível do mar e nos padrões climáticos em outras partes do mundo”.

“A tendência de temperatura em longo prazo é muito mais importante do que o ranking de anos individuais, e essa tendência é ascendente”, disse Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), um organismo técnico vinculado à ONU.

Uma análise da OMM mostrou que, enquanto 2016 mantém o recorde de ano mais quente (1,2°C), 2017 – que chegou a aproximadamente 1,1°C acima da era pré-industrial – foi o ano mais quente sem o El Niño. Segundo os estudos da agência, isso pode impulsionar as temperaturas globais a cada ano.

Descrevendo o ritmo acelerado das mudanças climáticas como “uma ameaça existencial para o planeta”, o representante especial do secretário-geral da ONU para a Redução do Risco de Desastres, Robert Glasser, disse: “Uma série de três anos recordes de calor, cada um acima de 1° Celsius, combinado com perdas econômicas recordes nos desastres em 2017, deve mostrar a todos nós que estamos enfrentando uma ameaça existencial para o planeta que requer uma resposta drástica”.

“Estamos ficando perigosamente perto do limite do aumento de temperatura de 2°C estabelecido no Acordo de Paris e o objetivo desejado de 1,5° será ainda mais difícil de ser mantido nos níveis atuais de emissões de gases de efeito estufa”, ressaltou.

Registrando as mesmas temperaturas médias globais, 2017 e 2015 foram anos praticamente indistinguíveis, já que a diferença é inferior a um centésimo de grau – inferior à margem de erro estatística.

“Dezessete dos 18 anos mais quentes registrados foram durante este século e o nível de aquecimento nos últimos três anos tem sido excepcional”, afirmou Taalas, ressaltando: “O calor do Ártico foi especialmente observado e isso terá repercussões profundas e duradouras no nível do mar e nos padrões climáticos em outras partes do mundo”.

A temperatura média global em 2017 foi de cerca de 0,46°C acima da média de longo prazo de 1981-2010 de 14,3°C – uma linha de base de 30 anos utilizada pelos serviços meteorológicos e hidrológicos nacionais para avaliar as médias e a variabilidade dos principais parâmetros climáticos. Elas são importantes para setores sensíveis ao clima, como gerenciamento de água, energia, agricultura e saúde.

O clima também tem uma variação natural devido a fenômenos como o El Niño, que tem uma influência de aquecimento, e La Niña, que tem uma influência de esfriamento.

“As temperaturas contam apenas uma pequena parte da história. O calor em 2017 foi acompanhado pelo clima extremo em muitos países pelo mundo”, acrescentou Taalas. Segundo ele, os Estados Unidos tiveram seu ano mais difícil em termos de clima e desastres climáticos, enquanto outros países viram seu desenvolvimento desacelerado ou revertido por ciclones tropicais, inundações e secas.

Em março, a OMM emitirá o relatório completo sobre o estado do clima em 2017, fornecendo uma visão abrangente da variabilidade e tendências da temperatura, eventos de alto impacto e indicadores de longo prazo das mudanças climáticas – como o aumento das concentrações de dióxido de carbono, o gelo marinho antártico e ártico, o aumento do nível do mar e a acidificação dos oceanos.

O relatório de março incluirá informações enviadas por uma ampla gama de agências das Nações Unidas sobre impactos humanos, socioeconômicos e ambientais, parte de um impulso para fornecer um documento de políticas mais abrangente e completo da ONU para os tomadores de decisão, no contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).


Fonte: ENVOLVERDE

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Em 2020, 82% do tráfego da internet ficará por conta dos vídeos online.
Segundo dados da CISCO, empresa especializada em analisar como as pessoas se conectam,, e o Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de visualizações em plataformas de vídeos, com mais de 11 bilhões de views mensais e cerca de 96% de usuários na web que consomem conteúdo em vídeo.

Diante do crescimento do mercado, 29 profissionais da área de tecnologia e empreendedorismo, como Paula Bellizia (CEO da Microsoft), Luis Justo (CEO do Rock in Rio), Camilo Coutinho (Play de Prata), Arnon de Mello (VP da NBA Brasil) e Fátima Pissara (General Manager da VEVO Brasil), trazem suas previsões sobre o futuro do segmento de streaming no país e dão dicas para quem deseja investir no segmento.

“Durante a edição anterior do material, atingimos mais de 20 mil downloads e, para esse ano, as perspectivas são ainda mais positivas. O setor nunca esteve tão aberto a novos negócios e é a hora de explorá-lo cada vez mais. Por isso, nos vemos como responsáveis por apontar as tendências do mercado, orientar os leitores por meio das experiências de grandes profissionais e mostrar que existem novas ferramentas capazes de disseminar o conteúdo e trazer um retorno financeiro. Queremos que mais pessoas tenham acesso a esse conteúdo e possam criar novas estratégias, tirar seus projetos do papel e investir em seu próprio negócio”, finaliza Gustavo Caetano, CEO da Samba Tech.


Fonte: ENVOLVERDE
Em março Brasil terá sua criptomoeda, a Dynasty.
Um grupo de empreendedores brasileiros centralizados no Crypto Valley, principal área para desenvolvimento de ecossistemas tecnológicos, localizado em Zug, na Suíça, lançará em março a criptomoeda D¥N, com lastro no mercado imobiliário mundial.Além de ajudar na regulamentação das operações globais, empresa lançará em 2018 a criptomoeda D¥N, com mais de US$ 500 milhões em imóveis no portfólio; Credit Suisse ficará responsável pela gestão da carteira líquida da empresa.

A empresa promete revolucionar o segmento das finanças – na vertente digital – ligando suas operações com o mercado de real estate. O portfólio de imovéis da Dynasty contará com mais de US$ 500 milhões em empreendimentos nas principais cidades do mundo. “São propriedades prontas para a aquisição, que garantem o valor da moeda fora do âmbito digital. Ou seja, cada D¥N representará um pedaço de chão no mercado imobiliário mundial”, diz Eduardo Carvalho, global manager da Dynasty.

Para a definição destes imóveis, a Dynasty conta com um time internacional de especialistas imobiliários, localizados nos Estados Unidos, Europa, China, Oriente Médio e América Latina. A gestão da carteira líquida da empresa será realizada pelo Credit Suisse, banco suíço, que acompanhará cada transação comercial.

Pela regra do negócio, os investidores que incluírem o D¥N em suas carteiras terão uma fração do portfólio Dynasty. As operações poderão variar entre aquisição total ou parcial de imóveis, aquisição de títulos de fundos imobiliários e aquisição de participação em construtoras e incorporadoras.

Junto com Carvalho, que vem do mercado de real estate, uma rede mundial foi formada para que o negócio seja consistente e seguro. O projeto vem sido moldado há dois anos e os investimentos já passam de CHF 2 milhões (valor em francos suíços, que representa pouco mais de US$ 2 milhões). 

Cerca de 40 pessoas espalhadas em Zug (Suíça), Nova Iorque, Barcelona e São Paulotrabalham na iniciativa nas áreas financeira, jurídica e de tecnologia.


Fonte: ENVOLVERDE
Plataformas virtuais se unem para estimular viagens no país.
Para incentivar viagens nacionais, o Hotel Urbano, agência online de viagens líder nacional no segmento de hospedagem, e a ClickBus, plataforma líder em vendas online de passagens rodoviárias, promovem descontos para reserva de hotéis e compra de passagens de ônibus. Clientes das plataformas poderão economizar em viagens para destinos de todo o Brasil, inclusive ainda nas férias de janeiro ou mesmo no Carnaval e também nos outros doze feriados nacionais de 2018.

Usuários ClickBus terão desconto de 10% em reservas de hotéis e pacotes no site do Hotel Urbano. Já os viajantes do Hotel Urbano terão 15% de desconto nas passagens de ônibus compradas na ClickBus até 17 de fevereiro. A partir de então o desconto passará a ser de 10%. Para aproveitar os descontos, os clientes deverão usar os cupons que podem ser encontrados nos sites das empresas.

Tendo por princípio oferecer a melhor experiência não apenas de compra, mas de viagem, aos seus clientes, o Hotel Urbano possui uma base de 18 milhões de viajantes, bem como a maior página de turismo do Facebook no mundo, com mais de 12 milhões de fãs. Referência no atendimento ao cliente, o Hotel Urbano é tricampeão no Prêmio Época / ReclameAQUI, bem como bicampeão no Ranking Exame / IBRC e no Prêmio Consumidor Moderno.


Fonte: ENVOLVERDE
São Paulo lança primeira edição da Agrifutura.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) calcula que o mundo terá 9,3 bilhões de habitantes em 2050, dos quais 70% da população em áreas urbanas. Para alimentar esse contingente, será necessário aumentar a produção de alimentos em 70%; a de cereais, especificamente, terá que atingir 3 bilhões de toneladas por ano, superior aos 2,1 bilhões atuais.

Essa demanda exige que o agronegócio cresça alinhado com tecnologia e a inovação porque o uso de tecnologia no campo aumenta a produtividade e traz mais retorno para toda a cadeia agrícola. Com isso em mente, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo inova ao lançar a primeira edição da Agrifutura, evento interativo que traz soluções inovadoras para o agronegócio, com mostra de startups, hackathon, exposição de empresas, encontro de profissionais e conhecimento de pesquisadores do agro e da área digital.

Esta 1ª edição, que acontece nos dias 3 e 4 de março, no Instituto Biológico em São Paulo, retrata o que está sendo feito para modernizar a agricultura, colocando-a em sintonia com a liderança mundial do agronegócio. Estarão presentes produtores rurais, pesquisadores, investidores, indústrias, comerciantes, start-ups, desenvolvedores, criadores, transformadores e hackers, num ambiente convidativo, ideal para o compartilhamento.

Fonte: ENVOLVERDE
Trump corta orçamento de programas da Nasa sobre mudanças climáticas.
O orçamento proposto de 2018 de Donald Trump cortaria quatro projetos de Observação da Terra da NASA, incluindo três satélites climáticos: the Plankton, Aerosol, Cloud, ocean Ecosystem (PACE) mission; Climate Absolute Radiance and Refractivity Observatory (CLARREO) pathfinder; and Orbiting Carbon Observatory-3 (OCO-3).

Essas missões são fundamentais para a pesquisa sobre mudança climática, bem como para a previsão de poluição atmosférica e da atmosfera. Sem eles, cientistas internacionais perdem seus “olhos no céu” com conseqüências potencialmente desastrosas para pessoas não só nos Estados Unidos, mas em todo o mundo.

O Congresso dos EUA tem a última palavra sobre se esses programas de satélite vão ou não ser levados a diante. O voto sobre o orçamento de 2018 foi adiado de setembro a dezembro de 2017 e agora em janeiro de 2018.

Como resultado das ameaças de cortes de Trump, a comunidade científica internacional ficou sob um grande incerteza. Atualmente ela está lutando para encontrar uma maneira de substituir as missões planejadas para Observação da Terra, da NASA, e continuar estudar a mudança climática, o monitoramento do tempo e da poluição.


Fonte: ENVOLVERDE

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Em 10 anos tecnologia poderá traduzir fala dos animais para humanos.
O Professor Con Slobodchikoff na Universidade do Norte do Arizona (EUA), está desenvolvendo uma tecnologia com as chamadas vocais de cães de pradaria, pequenos roedores da América do Norte, para serem traduzidas para uma compreensão humana. Ela poderá ser adaptada para trabalhar com praticamente qualquer animal, inclusive gatos e cachorros domésticos.

Con passou praticamente 30 anos estudando os sons únicos e complexos que os cães da pradaria usam para comunicar o perigo um para o outro sempre que um predador é avistado nas proximidades.

O dispositivo de tradução, uma vez aperfeiçoado, deve ser capaz de transformar esses sons na fala humana. De acordo com o pesquisador da Amazon, William Higham, os dispositivos de tradução de animais de estimação podem estar disponíveis para que o consumidor comprar dentro de dez anos.

Tecnologias como esta também tornarão o treinamento de animais de estimação e o diagnóstico de problemas médicos muito mais fáceis.

Con é um especialista em linguagem animal. Seu livro, Chasing Doctor Dolittle: aprender a língua de animais mostrou que vários animais têm linguagem e podem conversar. “O objetivo é ajudar as pessoas a ouvir animais e entender que os animais têm muito para nos dizer”, disse.


Fonte: ENVOLVERDE
Edifício ecológicos em Cingapura recriam clima de floresta.
Inspirado nos campos de arroz asiáticos, o escritório alemão Ingenhoven Architects criou um projeto fantástico para o edifício Marina One, localizado na região central de Cingapura. Chamado de “Coração Verde”, o espaço recria uma floresta tropical ao centro de quatro prédios. A ideia foi realizada em conjunto com o estúdio de Londres Gustafson Porter + Bowman.

Em seus mais de 400 mil metros quadrados, Marina One foi projetado para ser de uso misto com espaço para morar, trabalhar e de lazer. Aos contrários a “arranhas-céus”, a Ingenhoven Architects defende que hoje mais da metade da população vive em cidades e que esse número aumentará para 70% nas próximas três décadas. Para Marina One foi criado um espaço verde central compartilhado, que devido a interação entre a geometria dos prédios facilita a ventilação natural e gera um microclima agradável.

As duas torres de escritórios possuem uma área de 175 mil metros quadrados, já as duas torres residenciais têm capacidade de abrigar três mil moradores. Ao longo dos andares podem ser encontrados pequenos oásis verdes, sendo que o nível mais baixo do jardim possui caminhos que ligam as várias torres, além de rota direta no centro do espaço que atravessa uma lagoa refletora.

A ideia do projeto arquitetônico é enaltecer a diversidade da flora tropical. O espaço possui mais de 700 árvores, sendo 350 tipos diferentes de espécies arbóreas e de plantas em uma área ajardinada de 37 mil metros quadrados.

A forma das paredes circundantes também ajuda a melhorar a ventilação natural. Além disso, em todo o conjunto foi implantado sistemas de ventilação que poupam energia, é o caso dos dispositivos que reduzem a incidência solar no prédio. A fachada em tons terrosos, passarelas em madeira e pavimentação de pedra completam a atmosfera do local, que já foi certificado com o Green Mark Platinum e LEED Platinum.


Fonte: ENVOLVERDE
USP cria modelos em 3D para substituir uso de animais em laboratórios.
Modelos de pele humana impressos em 3D para substituir animais em testes de cosméticos são o tema do trabalho da pesquisadora Carolina Motter Catarino, que acaba de receber um prêmio internacional. A pesquisa de doutorado realizada no Rensselaer Polytechnic Institute, em Troy (Estados Unidos), é uma das premiadas pelo The 2017 Lush Prize, destinado a descobertas sobre testes que eliminem o uso de animais. A base do trabalho premiado foi o desenvolvimento de um modelo de pele humana reconstruída in vitro para testar toxicidade, realizado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, com orientação da professora Silvya Stuchi.

Em alguns países onde o teste de cosméticos usando modelos animais ainda é permitido, são usados animais como coelhos e ratos, entretanto, muitos países baniram essa prática em favor do uso de métodos alternativos. “Por exemplo, em 2009 a União Europeia proibiu o uso de animais para testes de cosméticos e em 2013 proibiu a venda de produtos que tenham sido testados em animais”, relata Carolina. Quanto aos testes em animais no Brasil, um projeto de lei esta tramitando no Senado Federal para proibição efetiva do uso de animais para testes de produtos cosméticos e de higiene pessoal. “Uma série de métodos alternativos foram desenvolvidos nos últimos anos, como os modelos de pele humana reconstruída in vitro.

De acordo com a pesquisadora, os testes com animais apresentam inconveniências. “Primeiramente, os animais são fisiologicamente muito diferente dos seres humanos, como por exemplo, a composição e estrutura das camadas da pele e concentração de folículos capilares”, aponta. “Essas e outras diferenças podem gerar resultados que não são reproduzidos em humanos posteriormente ou até mesmo não antecipar possíveis efeitos adversos”.

MPF/RJ exige suspensão de dragagem que ameaça botos-cinza.
Medida busca impedir que poluição torne mais grave a mortandade de centenas de botos cinza na Baía de Sepetiba.

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro e em Angra dos Reis expediu Recomendação ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e à Companhia Portuária Baía de Sepetiba (CPBS) determinando a suspensão imediata da licença de dragagem de 1.837.421 m3 do fundo da Baía de Sepetiba, até a completa normalização do surto de morbilivirose causadora do óbito de quase duas centenas de botos-cinza nas Baías de Sepetiba e Ilha Grande. A dragagem foi autorizada pelo Inea no ano de 2017, e começou a ser realizada no último dia 12 de janeiro pela CPBS, que opera o terminal de minério da empresa Vale S.A.

Desde o final de novembro, um surto do vírus morbilivírus tem causado a morte de dezenas de animais nas duas baías. A doença compromete a imunidade dos botos e ainda estão sendo investigado se há outras patologias associadas. Até o dia 10 de janeiro, 170 animais foram recolhidos nas duas baías e, segundo Boletim Técnico emitido pelo Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (MAQUA/UERJ) e o Laboratório de Patologia Comparada de Animais Selvagens da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (LAPCOM/FMVZ/USP), a tendência é que o número de animais mortos aumente nas próximas semanas.

A recomendação do MPF está baseada em documento elaborado pelo Laboratório de Bioacústica e Ecologia de Cetáceos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que aponta que as atividades de dragagem afetam negativamente os mamíferos marinhos. Segundo o documento, “em relação às baleias e golfinhos, têm sido reportados impactos negativos que envolvem principalmente o abandono temporário ou permanente do ambiente. Além disso, a dragagem pode levantar plumas de sedimentos que, se contaminados, podem tornar os metais pesados biodisponíveis aos golfinhos e as baleias”.

Como é sabido, por décadas a empresa metalúrgica Ingá, além de outras empresas instaladas no Distrito Industrial de Santa Cruz, se utilizaram da baía de Sepetiba como destino final de seus efluentes líquidos e sólidos ricos em metais pesados, principalmente cádmio, zinco e cromo. “Altas concentrações de contaminantes desse tipo estão ligadas à depressão do sistema imune, principalmente em relação ao mercúrio, cádmio, chumbo, selênio e zinco, como foi o caso reportado para os golfinhos-nariz-de-garrafa”, registra o documento da UFFRJ.

O documento ainda registra que o ruído produzido pela dragagem “tem o potencial de induzir estresse, que, por sua vez, pode reduzir a eficiência de forrageamento de mamíferos marinhos ou aumentar sua suscetibilidade a patógenos e aos efeitos das toxinas”.

Para os pesquisadores do Laboratório de Bioacústica e Ecologia de Cetáceos da UFFRJ, “uma vez que a única forma de recuperação populacional é o desenvolvimento de uma imunidade adquirida contra tal doença, é importante minimizar fatores estressores que podem levar os indivíduos a se tornarem mais suscetíveis aos impactos locais. Sendo assim, não é recomendável qualquer atividade de dragagem, visto que a mesma será impactante para uma população que está ameaçada por um patógeno, tornando-a mais vulnerável à instalação de doenças“;

Para os procuradores da República Sergio Gardenghi Suiama e Igor Miranda da Silva, que assinam a Recomendação, o risco concreto de extinção dos botos-cinza nas Baías de Sepetiba e Ilha Grande justifica plenamente a paralisação da dragagem. “É inaceitável que, diante de tão grave situação de saúde de espécie ameaçada da fauna brasileira, o órgão ambiental mantenha a atividade de dragagem em área contaminada, colocando ainda mais em risco a sobrevivência dos botos-cinza, símbolo da cidade do Rio de Janeiro”, afirmam os procuradores.

A Recomendação expedida pelo MPF determina que o Inea e a CPBS informem, no prazo de 72 horas, se cumprirão espontaneamente a determinação.

Confira aqui a íntegra da recomendação e dos documentos técnicos que embasaram o documento do MPF.


Saneamento continua fora das prioridade da política no Brasil.
Por Sucena Shkrada Resk, para o blog Cidadãos do Mundo – 
Falar sobre a situação do esgotamento sanitário no Brasil é um assunto “espinhoso”, imprescindível, mas que raramente faz parte da pauta de campanhas políticas nacionais, estaduais e municipais e de programas de gestão pública de boa parte de municípios deste Brasil de proporções continentais. A constatação se dá pelos fatos: estamos em 2018 e 45% da população brasileira ou 93,6 milhões de pessoas não têm acesso a tratamento de esgoto e o resultado desta falta de foco em infraestrutura no país é o despejo diário de 9,1 mil toneladas nos corpos d`água, de lagos a rios, que estão morrendo e revelando um dos aspectos mais complexos que envolve o tema da crise hídrica. Os 106 municípios com mais de 250 mil habitantes são responsáveis por 48% desta descarga.

Quem retrata este cenário desolador? A própria Agência Nacional de Águas (ANA) e o Ministério das Cidades, no Atlas Esgotos: Despoluição de Bacias Hidrográficas, estudo divulgado no segundo semestre do ano passado, que faz análise comparativa entre dados populacionais de 2013 e 2035 para realizar a construção de cenários futuros e alternativas para remediar problemas que se estendem por décadas a fio, em um Brasil com 168,4 milhões de habitantes que deverá chegar a 204,8 mi habitantes. O mapeamento foi dividido em 12 regiões hidrográficas (Amazônica, Tocantins-Araguaia, Atlântico Nordeste Ocidental, Parnaíba, Atlântico Nordeste Oriental, São Francisco, Atlântico Leste, Sudeste, Sul, Uruguai, Paraná e Paraguai). O quadro é ainda mais perverso, pois o levantamento se restringiu às áreas urbanas. Isso quer dizer, não diagnostica a parte rural.

Quando vimos principalmente trechos do rio Tietê, na região metropolitana de São Paulo ou o Iguaçu, no Paraná e o Ipojuca, em Pernambuco, a sensação é das piores. Rios que se transformaram em esgotos, que carregam múltiplas externalidades.
No Brasil, menos da metade da população tem acesso a redes de esgoto. Foto: EBC

Um dado que representa a ponta mais desfavorecida da desigualdade na justiça socioambiental, neste levantamento, é o registro de que 27% dos brasileiros sequer são beneficiados pela coleta de esgoto e 18% têm seu esgoto coletado e não tratado. Já 12% da população utiliza fossa séptica. A Resolução Conama 430, do ano de 2011, que determina o tratamento de no mínimo, 60% da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) antes do lançamento, praticamente é ignorada. A lei do saneamento básico (Lei Federal nº 11.445/2007) entra no hall das legislações que são desrespeitadas. Discutir modelo de desenvolvimento neste contexto faz sentido, tendo em vista, que 45% da carga orgânica gerada em todo país provém do Sudeste.

A tabela das condições de operação e eficiência das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) em funcionamento no Brasil também são um termômetro interessante do que já existe e ainda é subutilizado. A proporção varia de 30% a 90%, com diferentes modalidades tecnológicas aplicadas. Foram registradas 2.768 ETES em 1.592 municípios.

Os percentuais de falta de coleta e tratamento por estado, segundo o estudo, descrevem esta realidade e é possível ver o distanciamento real de acesso aos serviços entre o Norte e Sudeste do país. Amapá, Rondônia, Pará, Alagoas, Maranhão são os que exigem maior cobertura. Entretanto, a complexidade por volume se dá nos estados mais desenvolvidos.

– Acre  – 22 municípios – 562.843 habitantes – (51,65% não coletados/não tratados) e (1,98% coletados e não tratados);
– Alagoas – 102 municípios –  2.437.832 habitantes – (61,97% não coletados/não tratados) e (9,19% coletados e não tratados);
– Amazonas – 62 municípios – 3.014.220 habitantes – (57,73% não coletados/não tratados) e (3,66% coletados e não tratados);
– Amapá – 16 municípios – 658.840 habitantes – (75,84% não coletados/não tratados e 0,61% coletados e não tratados);
– Bahia – 417 municípios – 10.880.101 habitantes – (31,21% não coletados/não tratados) e (12,3% coletados e não tratados);
– Ceará – 184 municípios – 6.603.150 habitantes – (25,77% não coletados/não tratados) e (3,98% coletados e não tratados);
– Distrito Federal – 2.694.296 habitantes – (8,57% não coletados e não tratados);
– Espírito Santo – 78 municípios – 3.209.162 habitantes – (34,94% não coletados e não tratados) e (19,52% coletados e não tratados);
– Goiás – 246 municípios e 5.817.885 habitantes – (36,55% não coletados e não tratados) e (2,53% coletados e não tratados)
– Maranhão – 217 municípios – 4.290.065 habitantes – (60,86% não coletados e não tratados) e (13% coletados e não tratados);
– Minas Gerais – 853 municípios – 17.592.969 habitantes – (11,56% não coletados e não tratados) e 42,25% coletados e não tratados);
– Mato Grosso do Sul – 79 municípios – 2.215.953 habitantes – (41,76% não coletados e não tratados) e (0,8% coletados e não tratados);
– Mato Grosso – 141 municípios – 2.604.062 habitantes – (54,5% não coletados e não tratados) e (2,11% coletados e não tratados);
– Pará – 144 municípios – 5.459.309 habitantes – (65,66% não coletados e não tratados) e (4,98% coletados e não tratados);
– Paraíba – 223 municípios – 2.958.129 habitantes – (34,27% não coletados e não tratados) e (16,2% coletados e não tratados);
– Pernambuco – 185 municípios – 7.385.329 habitantes – (44,12% não coletados e não tratados) e (17,6% coletados e não tratados);
– Piauí – 224 municípios – 2.096.856 habitantes – (59,16% não coletados e não tratados) e (2,34% coletados e não tratados);
– Paraná – 399 municípios – 9.402.234 habitantes – (23,54% não coletados e não tratados) e (1,11% coletados e não tratados);
– Rio de Janeiro – 92 municípios – 15.826.680 habitantes (18,37% não coletados e não tratados) e (30,55% coletados e não tratados);
– Rio Grande do Norte – 167 municípios – 2.630.467 habitantes – (47,28% não coletados e não tratados) – (6.07% coletados e não tratados);
 Rondônia – 52 municípios – 1.277.299 habitantes – (71,55% não coletados e não tratados) e (5,15% coletados e não tratados);
– Roraima – 15 municípios – 374.084 habitantes – (47,97% não coletados e não tratados) e (3,82% coletados e não tratados);
– Rio Grande do Sul – 497 municípios – 9.512.434 habitantes – (21,56% não coletados e não tratados) e (28,17% coletados e não tratados);
– Santa Catarina – 295 municípios – 5.594.950 habitantes – (19.78% não coletados e não tratados) e (8,69% coletados e não tratados);
– Sergipe – 75 municípios – 1.619.457 habitantes – (56,21% não coletados e não tratados) e (10.73% coletados e não tratados);
– São Paulo – 645 municípios – 41.892.786 habitantes – (9,15% não coletados e não tratados) e (22,62% coletados e não tratados);
 Tocantins – 139 municípios – 1.169.213 habitantes – (54,06% não coletados e não tratados) e (1,31% coletados e não tratados)

Esgotamento sanitário é investimento

A ausência de tratamento que atinge mais de 4,4 mil municípios dos 5.570 destaca a necessidade emergente de investimento, que requer que os gestores e legisladores elenquem a pauta como prioridade, o que não ocorre historicamente. Somente 31 dos 100 municípios mais populosos brasileiros conseguem tratar mais de 60%. E por incrível que pareça, o único município que supera este percentual no país, é Brasília. E a poluição dos recursos hídricos é o resultado destas discrepâncias. Hoje, de acordo com as classificações de qualidade hídrica, 84 mil km de rios são praticamente mortos e é descartada a captação para abastecimento público nos mesmos.

Uma das condições mais preocupantes está em trechos dos rios na região do litoral fluminense. De acordo com o Atlas, o problema é identificado em 30,7% da extensão dos corpos d’água, que concentram 19 das 21 cidades que compõem a Região Metropolitana da capital do Estado, onde vivem cerca de 12 milhões de pessoas. Pela densidade demográfica, a área do rio Tietê se destaca na descarga da poluição hídrica, com 29 milhões de habitantes. As regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas e o litoral paulista são os que mais sofrem pressão.

De acordo com o Atlas, o valor de investimento necessário no país seria da ordem de R$ 135 bi até o ano de 2.035 e os estudos apresentam alternativas de ações a serem executadas, no contexto do aumento populacional no período. O problema é que não são só as cifras suficientes para suprir esse déficit, mas o gargalo é mais fundo: gestão eficiente para a realização e manutenção de um serviço de qualidade, como também a capacidade de diluição dos esgotos nos rios. Deste total, a avaliação é que 55% devem ser investidos nas regiões hidrográficas do Paraná e do Atlântico Nordeste Oriental.

Munir-se desse tipo de informação e ser proativo no encaminhamento de soluções eficazes e de longo prazo lícitas, revela a qualidade de gestores e legisladores. Quem  ignora esta agenda demonstra que não é capaz e nem digno de representar a população brasileira.


Fonte: ENVOLVERDE