2019 terá mais de 30 chuvas de meteoros visíveis da Terra.
2019 terá chuvas de meteoros em
todos os meses. É o que garante o pesquisador do Observatório
Nacional Marcelo De Cicco, que acompanhou o levantamento do fenômeno
que acontecerá até o final deste ano. No mês de janeiro não há
atividades de chuvas relevantes para o Hemisfério Sul, com exceção
de Ursae Minorids, para os moradores do Norte de nosso país, dia 18.
A partir de fevereiro, a Centaurids terá seu auge no dia 8. Já em
março, dia 15, será a vez da Normids riscar o céu, em 23 de abril
a Lyrids e 24, a Puppids.
Em maio, o pico da chuva
eta-Aquariids será no dia 06, quando a Terra estará atravessando
detritos de passagens antigas do cometa Halley – a proximidade da
Lua Nova favorecerá bastante a observação desta chuva. June
Bootids, no dia 27, também merece atenção, onde será visível
para latitudes mais ao Norte do país. No mês de julho ocorrerão a
Piscis Austrinids e a Southern delta Aquariids, com atividade máxima
centrada nos dias 28 e 30, respectivamente.
As Perseids, talvez a chuva mais
renomada de nossa era, embora privilegiando os habitantes do
hemisfério Norte, terá seu pico dia 13 de agosto. As Aurigids terá
sua atividade máxima dia 1º de setembro, embora um pouco baixa para
as latitudes do Sul, vale a pena a conferida, aproveitando a fase da
Lua Nova.
E o período que vai de outubro a
dezembro apresentam o maior concentração de chuvas com intensidade
relevante, oito ao total, com destaque para as Orionids, Leonids e
Geminds, respectivamente. Marcelo De Cicco, pesquisador do
Observatório Nacional e coordenador do projeto Exoss, explica o
motivo: “Ocorre que, no último quarto do ano, o denominado
complexo das Taurids – um aglomerado de detritos de muitas
passagens antigas de cometas divide-se em dois ramos, e é
atravessado pelo nosso planeta”.
Em 2018 a Exoss computou o total
de 280 EVENTOS de meteoros, um aumento expressivo em relação ao ano
de 2017 (202 eventos). Foram 615 relatos individuais de testemunhas
pelo Brasil e outros países.
Sobre a Exoss
A EXOSS é uma rede colaborativa,
que busca conhecer as origens, natureza e caracterização de órbitas
dos meteoros. Para isso, integra as estações de monitoramento
montadas por seus associados, obtendo imagens em diversos locais –
entre os quais, na sede do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro,
e no Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica, também do
ON, em Itacuruba, Pernambuco. Essa rede reúne e analisa, ainda, os
relatos e imagens enviadas pelo público.
Na página
da EXOSS na Internet é possível obter mais informações sobre
a rede e ver maneiras de colaborar. A EXOSS também dá dicas de como
fotografar meteoros, explica os fenômenos, oferece estatísticas de
meteoros e meteoritos e orienta os interessados para fazer observação
visual, além de mostrar imagens em tempo real das estações
instaladas.
Fonte: EcoDebate
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