Parque dos Falcões: O santuário das aves de Rapina.
As aves
de rapina ou rapinantes são o grupo formado por todas as aves
carnívoras, que possuem características específicas para a caça,
como por exemplo garras afiadas, bico curvo e afiado para rasgar a
carne e também uma visão aguçada e um vôo poderoso. Unindo todas
essas ferramentas, esse grupo de aves se torna eficiente e muito ágil
na hora de capturar sua refeição.
As aves
de rapina representam 10% de todas as aves que conhecemos no mundo,
sendo que a maioria das espécies pode ser encontrada no Brasil.
Se
você é um amante dessas poderosas belezas da natureza, você com
certeza precisa conhecer o Parque dos Falcões,
localizado há 45km de Aracajú-SE.
A
experiência única que o local oferece encanta não somente quem é
fascinado por essas aves, mas também pessoas que nunca imaginaram
que estar com elas é algo tão incrível assim.
No Parque dos Falcões, o visitante recebe a
chance de ter um contato íntimo com as aves e de brinde ainda leva
uma super selfie para casa.
O Parque dos Falcões possui uma
área de 3.500
km² de Organização
Não Governamental (ONG) mantida por José Percílio e
Alexandre Correia. O primeiro a entrar de cabeça nesse sonho foi
Percílio, enquanto Alexandre se juntou ao projeto em 1999, dando
início a uma parceria que continua até os dias de hoje.
Mas
a história por trás do projeto começou bem antes! Quando Percílio
tinha ainda apenas 7 anos, ele foi presenteado com um ovo de Carcará
(Caracara plancus) e depois de 28 dias sendo chocado por uma
galinha, nasceu Tito, seu primeiro grande amigo. Atualmente, Tito tem
27 anos e o Instituto está cuidando de mais de 300 aves, entre
gaviões, falcões, corujas, socós-boi, pombos, etc.
O Parque dos Falcões também
conta com a autorização e apoio do IBAMA, para a criação das aves
em cativeiro e é referência mundial referência mundial no manejo,
reprodução e reabilitação dessas aves.
Muitas
das aves do Parque, são vítimas da crueldade humana, através
de tráfico de animais, multilação e também maus tratos em
cativeiros ilegais. Esses animais chegam até lá trazidas pelo Ibama
e Corpo de Bombeiros, para que recebam o cuidado necessário para se
recuperarem da melhor forma possível. Quando chegam ao local, as
aves mal tratadas estão ariscas e com muito medo do contato com
humanos, mas graças a dedicação de toda a equipe, logo os animais
se sentem mais seguros e se adaptam às visitas de pessoas aoparque e
conseguem ter a sua recuperação total ou parcial, dependendo do
nível do trauma sofrido.
Após
o período de recuperação completo, algumas das aves recebem a
chance de reintegração à natureza, enquanto outras não podem e
ficam no Parque, recebendo cuidados diários para uma melhor
qualidade de vida.
As aves
que sofrem maus tratos também passam pelo trabalho de reprodução
em cativeiro e graças a dedicação da equipe do local e de
Percílio, os filhotes gerados já superaram as expectativas.
Quanto
ao treinamento das aves, ao contrário da falcoaria tradicional
da Ásia e Europa, que treina as aves para caçar ao lado de humanos,
Percílio se concentra em fazer com que a população entenda o
verdadeiro papel das aves de rapina na natureza, e as vejam como
predadoras com papel fundamental na cadeia alimentar e não como
“assassinas sanguinárias”.
No
Instituto, os adestradores identificam e reproduzem cada vocalização
da ave, criando um diálogo com ela e assim envia comandos de defesa,
ataque, alerta, ou mesmo cumprimentos por meio de sons guturais
produzidos na “linguagem” das aves. “O segredo está na
vocalização”, explica José Percílio. “Através da
identificação de cada som produzido pela ave, sabemos o que ela
quer. Há sons de ataque, pedido de carinho, e outros que avisam
sobre a chegada de pessoas”.
De
três quatro vezes por semana, todas as 32 aves adestradas
do Parque voam em pequenas viagens no exercício chamado de
punho-a-punho – a longas distâncias – nos voos livres pela
serra. Ao som do apito ou da própria voz do treinador, as aves
simulam ataques a presas imaginárias.
Cada
espécie de ave precisa realizar um treinamento individual, pois só
assim as necessidades de cada espécie são colocadas em prioridade.
“Treinamento é tudo. Por serem aves de rapina, elas
precisam se exercitar de forma a queimar gordura e atingir o peso
ideal”, explica Ricardo Alexandre.
“A vida dessas aves está
associada ao vôo. É através dele que, na natureza, essas espécies
buscam alimento. O treinamento permite que os falcões mantenham
a forma e estejam prontos para qualquer tarefa”.
O Parque dos Falcões está
nos roteiros de passeios ecoturísticos do Estado de Sergipe, e
além das aves de rapina, oferece um passeio guiado pelas
no Parque Nacional Serra de Itabaiana, com quem faz
fronteira.
O Parque não
trabalha de forma exploratória, mas precisa de dinheiro para cuidar
das aves, uma vez que não recebe apoio do governo para se
manter. Sendo assim, para cada visita, é preciso pagar uma tarifa de
acesso. Para mais informações sobre o local e como visitar, veja
abaixo!
TARIFA
DE ACESSO
Adultos:
R$ 25,00
Crianças
de 8 a 12 anos: R$ 15,00
Crianças
até 7 anos: acesso livre.
Todas as
visitas ao Parque dos Falcões devem ser
previamente agendadas e ocorrem somente às 9h e às 14h. Faça seu
agendamento através dos telefones: (79) 99962-8396 | 99885-2522 |
99945-9020.
AGENDAMENTO
Todas as
visitas ao Parque dos Falcões devem ser
previamente agendadas e ocorrem somente às 9h e às 14h.
Faça
seu agendamento através dos telefones: (79) 99962-8396 | 99885-2522
| 99945-9020.
*As
visitas turísticas incluem apresentação oral e audiovisual da
história, missão e técnicas de manejo do Instituto; apresentação
dos hábitos de vida das aves de rapina; e fotografias com os animais
em punho.
Fonte:
ENVOLVERDE
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