sábado, 31 de agosto de 2019

Audiência Pública Rebio Tinguá 25/08/2019.

Neste vídeo, veremos Audiência Pública, ocorrida em 25/08/2019, no bairro de Tinguá, no município de Nova Iguaçu/RJ, que teve como tema - A RECATEGORIZAÇÃO DA UNIDADE.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Conselho de Saúde de Nova Iguaçu/RJ CANCELA REUNIÃO ORDINÁRIA.

CANCELADA reunião ordinária do Conselho de Saúde do Município de Nova Iguaçu/RJ, em 15 de agosto de 2019, pelo fato de estarmos filmando a mesma. Denúncias que podem colocar em risco a vida de pessoas, e até ameaças indiretas, fizeram parte desta reunião.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional CANCELA REUNIÃO por estarmos filmando.

Em reunião ordinária realizada no dia 14 de agosto de 2019 às 14 horas; o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional do Município de Nova Iguaçu no Estado do Rio de Janeiro, tem reunião CANCELADA por estarmos filmando.

domingo, 18 de agosto de 2019

O que causam as más gestões públicas a população.

Expansão imobiliária desordenada, estradas que não comportam o fluxo gerado, águas poluídas, doenças, falta de escolas e de equipamentos públicos; estes são alguns dos problemas da má gestão pública no Município de Nova Iguaçu no Estado do Rio de Janeiro. 

Linque para a matéria da UFRGS:

sábado, 17 de agosto de 2019

Audiência Pública de prestação de contas da Saúde de Nova Iguaçu 2019.

A audiência foi presidida, pelo vereador Fernandinho Moqueta, e teve na mesa o vereador Maurício Morais, que faz parte da comissão de saúde da câmara de vereadores, o subsecretário de atenção especializada Dr Cristian, e o Subsecretário de Planejamento Carlos Alberto.

RELATÓRIO QUADRIMESTRAL - 1-2019

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Apreensão de VEÍCULOS POR FALTA DE PAGAMENTOS DE TRIBUTOS.

Neste vídeo, abordaremos as legalidades e as ilegalidades cometidas nas apreensões de veículos no Estado do Rio de Janeiro, realizadas pelas autoridades públicas.


CRIA O PROTOCOLO DE FISCALIZAÇÃO DO DETRAN RJ;
https://drive.google.com/file/d/1oVxfIV_CIjrzncysbFQw_vuIlsqIVVVs/view

DISPÕES SOBRE A AUTODECLARAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DE VEÍCULOS;
https://drive.google.com/file/d/1ZsvGgcFhEuDJ_Wvabxc2kfm74AXauzEl/view

É ilegal apreender veículo com tributos em atraso em uma blitz;
https://drive.google.com/file/d/17SEgbJQXpA8MxUxXtFGd01rtcSPN8LL7/view

Transito RJ LEI Nº 8269 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018.
https://drive.google.com/file/d/1uHwaOnWtZiAs5Kb5aLxOVJjYJpcDe8gi/view

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Conselheiros de educação cancelam reunião ordinária, por estarem sendo filmados!

Conselheiros de educação do Município de Nova Iguaçu, se sentem agredidos e constrangidos, por estarem sendo filmados, e terem suas imagem divulgadas. São pessoas que normalmente, brigam por acesso a informação, e ao direito de livre expressão. São pessoas que não se sentiram constrangidas ao assistirem o atual gestor do município de Nova Iguaçu, adquirir alimentos a serem disponibilizados na rede pública educacional, infestados de ratos.

domingo, 11 de agosto de 2019


Desmatamento no Cerrado mato-grossense é 95% ilegal.

Autor Assessoria de Comunicação - 02/08/2019

Mato Grosso perdeu quase mil quilômetros quadrados de Cerrado em 2018. Estudo do ICV mostra que apenas uma pequena fração desse desmatamento foi feita com autorização do órgão ambiental, obedecendo a legislação vigente. A taxa de ilegalidade inaceitável e persistente, 95% neste ano, é uma das maiores ameaças à conservação do bioma.

Baixe o estudo Características do desmatamento no Cerrado mato-grossense em 2018 completo em pdf


De agosto de 2017 a julho de 2018, o desmatamento mapeado no Cerrado brasileiro pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) foi de 6.657 km², uma área equivalente a quatro vezes a cidade de São Paulo. Mato Grosso foi o terceiro estado que mais desmatou o bioma, foram 998 km², respondendo por 15% de todo o Cerrado perdido no Brasil em um ano.

De acordo com a análise das características do desmatamento realizada pelo Instituto Centro de Vida, cerca de um terço de todo desmatamento no Cerrado mato-grossense ocorreu em imóveis rurais cadastrados e em áreas contínuas de mais de 50 hectares, ou seja, facilmente detectáveis via imagens de satélite. “É urgente que o Poder Público tome medidas sérias para conter a ilegalidade. Há medidas possíveis, aliando tecnologia e inteligência para focar a fiscalização nas áreas críticas”, diz Alice Thuault, diretora adjunta do ICV.

Ilegal, privado e de grande porte

Além do alto índice de ilegalidade, a análise realizada pelo ICV mostra que os polígonos de desmatamento com mais de 50 hectares respondem por 71% do total. A comparação com o período anterior indica uma tendência de aumento das grandes derrubadas – foram 10% a mais de ocorrências em grandes polígonos.

O cruzamento com os dados do CAR mostra uma predominância do desmatamento em imóveis rurais cadastrados, quase 63%, sendo que mais da metade ocorreu em grandes imóveis, com mais de 1.500 hectares. Os projetos de assentamentos da reforma agrária concentraram 12% do total desmatado. Nas áreas protegidas, que englobam unidades de conservação e terras indígenas, apenas 2%.

“Em comparação com a Amazônia, o Cerrado tem um nível de proteção menor pela lei. Se os acordos setoriais das cadeias que compram commodities não incluírem esse bioma, as taxas de desmatamentos continuarão sendo elevadas”, reflete Ana Paula Valdiones, uma das autoras do estudo.

O estudo também aponta para uma tendência de concentração nas regiões do Araguaia e no Centro Sul do estado. Metade do Cerrado que desapareceu em 2018 estava em apenas 15 municípios, sendo Paranatinga o primeiro do ranking.

As análises foram feitas cruzando os dados de desmatamento no Cerrado fornecidos pelo Inpe (PRODES) com informações disponíveis no Portal da Transparência Ambiental da SEMA, de Mato Grosso e do Cadastro Ambiental Rural.


Fonte: ENVOLVERDE

Prá conhecer um índio.


por Ulisses Capozzoli

Quem quiser conhecer um índio deve visitá-lo em sua casa, na floresta. O que nem sempre é possível e isso os separa de nós. O índio que aparece, quase sempre, na TV e no jornal, pintado e repleto de adornos, é um índio em dia de festa. No cotidiano, são despojados. Devem cultivar as roças: milho, batata, abacaxi, banana e, claro, a mandioca, base da comida e bebida. Além disso, há a pesca, feita de muitas maneiras: solitária ou coletiva. Com anzol, rede ou flecha, quando a abundância permite. Tambaquis amazônicos, com seus corpos prateados, podem ser abatidos com flecha, no caso de uma pontaria refinada, o que todo índio tem, de uma ou outra maneira. Por um longo aprendizado e tradição. Índios adoram armas leves, calibre 22, para a caça de macacos, veados, paca e animais menores. Onça não é motivo de caça. É vingança, contra as mais atrevidas que podem invadir uma aldeia e levar um cachorro, o que deixa um índio indignado. Pela perda de um amigo próximo e fiel.

Na pesca coletiva, cada um pega, dos que estão pescando, com timbó, em lagos à margem de rios, quanto peixe precisar. Dependendo do tamanho da família. Nem mais, nem menos. As índias, que recolhem os peixes, retiram suas escamas com um movimento hábil de unhas, deslocando-as como uma cunha, no sentido cauda-cabeça. E num fogo pequeno, de madeira resinosa e perfumada, em poucos minutos ele pode ser comido, com um acentuado toque de pimenta.

Um índio é uma multiplicidade fascinante de índios: corpos, costumes, língua, maneiras, tradições e artes. Alguns cultivam cerâmica, outros preferem enfeites. Há quem tenha apreço particular pela palavra, caso dos Caiabi, de quem conheci um dos líderes: o mítico Prepori, que já não vive mais na Terra. Índios barganham suas produções em encontros com “parentes”, como eles se referem a outras etnias. Ou em festas. Índios adoram festas, o que ficou gravado entre nós, brasileiros, festeiros. Todo índio é um refinado observador.

Orlando Villas-Boas, com quem tive o privilégio de conviver, amava particularmente os Juruna, a quem atribuiu sempre a nobreza da coragem e confiança. Você pode, a propósito da palavra “Juruna”, lembrar-se de Mário Juruna que foi deputado, com seu gravador sob os braços para gravar palavras de “branco”, criatura esquiva e que se caracteriza por não sustentar o que diz. Mas Mário Juruna era Xavante, um dos bravos Xavante, e seu nome uma homenagem de seus pais aos parentes dessa etnia. Muitos “brancos” (café-com-leite que somos a maioria de nós que se enxergam como “brancos) não conhecem nada de um índio.

O presidente da República, literalmente um paraquedista, expulso do exército por insubordinação e mal comportamento, é um deles. Por isso fala tanta tolice sobre índios, entre outras sandices, e está, de muitas maneiras, determinado a encerrar a história deles sobre a Terra, se pudesse fazer isso. No Brasil, está tentando eliminar os índios com toda a determinação e tem a companhia de seus ministros, gente rude, de pouca ou quase nenhuma cultura. Preconceituosos, no sentido de não entender a pluralidade da vida. Ressentidos e amargos, que se se relacionam de forma agressiva com as pessoas.

Índios são humanos, teve de reforçar um papa no século 16, e chegaram à América por caminhos ainda não inteiramente decifrados a um tempo que pode chegar a 50 mil anos, segundo suspeita a arqueóloga, e também antropóloga por força das circunstâncias, Niéde Guidon, que faz pesquisas nessa área na Serra da Capivara, Sul do Piauí.

A história dos índios na América é permeada de tragédia e parte dela está registrada num belíssimo livro, do jornalista e editor Dorris Alexander (Dee) Brown: “Enterrem meu coração na curva do rio”. 

Lá estão as lutas e os lamentos de chefes como Nuvem Vermelha (1822-1909), dos Sioux que incluíram ainda, Cavalo Americano (1840-1908), filho adotivo de Nuvem Vermelha, Touro Sentado (1831-1890) e Cavalo Louco (1840-1877), além de Gerônimo (1929-1909), dos Apaches. O executor de parte das matanças nos Estados Unidos também foi um militar, patife e doentio, o tenente-coronel George Armstrong Custer (1839-1876). Há ainda, como fonte de resistência, o vigoroso e poético discurso atribuído ao Chefe Seattle (1786-1866), líder dos Duwamish, da costa oeste americana. Uma fala de fazer inveja ao mesmo sensível dos conservacionistas. No Brasil, entre os muitos resistentes indígenas está Prepori, dos Caiabi, que conheci de surpresa numa manhã, quando acordei com ele, pintado de preto, a cor da guerra, numa rede em que dormia entre duas árvores no Médio Xingu.

Índios não são fazendeiros, não perseguem o lucro e dão respostas longas a uma pergunta simples. Contam a história de seus pais, avós, dos pais de seus avós e outros ancestrais para dar sentido a um relato.

Interpretações sumárias dizem que índios querem dinheiro e boa vida. Mas, neste caso, são povos inteiros seduzidos e viciados pelo comportamento dos brancos e quando agem assim ou se embebedam, são censurados. Como se fossem malfeitores.

Foto: Orlando Villas-Boas entrega roupas a índios Kuikuro à época da criação do Parque Indígena do Xingu, em 1961.

*Ulisses Capozzoli, entre outras atividades interessantes, foi editor da revista Scientific American Brasil.

Fonte: ENVOLVERDE

CBJA 2019: O jornalismo que o meio ambiente precisa!


Dois dias para ampliar conhecimentos, fomentar a Rede de Jornalistas Ambientais e dialogar sobre conjuntura, pautas, tecnologias e oportunidades.

O jornalismo é a extensão dos olhos e ouvidos da sociedade e a voz que ecoa nos ouvidos do poder. No caso do jornalismo que cobre temas socioambientais essa extensão é ainda amais longa, especialmente em um país continental e biodiverso como o Brasil.

Nos últimos anos a realidade do jornalismo ambiental tornou-se de extrema complexidade, pois, além de enfrentar os dilemas próprios do jornalismo, como a disrupção tecnológica, a migração para o ecossistema digital e o derretimento dos modelos de negócios das empresas e perda das fontes de financiamento, depara-se com suas questões específicas.

O jornalismo ambiental tornou-se mais complexo, se viu imerso em temas antes delegados aos cientistas, aproximou-se da economia com o crescimento do viés da sustentabilidade, teve de conhecer produtos e processos para abordar temas relativos ao consumo, às embalagens e aos processos produtivos e tornou-se um especialista em relações internacionais, com as conferências climáticas e objetivos globais.

O jornalismo ambiental tornou-se uma das áreas do conhecimento mais abrangentes do campo dos profissionais de comunicação. É comum encontrar entre os jornalistas que se dedicam à essa pauta mestres e doutores em gestão ambiental, em economia ambiental, em biologia e outras áreas que podem ajudar a qualificar a abordagem de temas sociais e ambientais.

É neste cenário caótico e desafiador que o Instituto Envolverde e a Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (RBJA) irão realizar o Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental – CBJA 2019, nos dias 9 e 10 de agosto de 2019 na Unibes Cultural, em São Paulo.

Serão dois dias de diálogos alinhados diretamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como paradigma e vetor para a construção de pautas.

O evento conta com a presença dos mais importantes jornalistas e ambientalistas do país, profissionais de comunicação e estudantes que vão dialogar sobre as demandas da profissão, suas perspectivas e como enfrentar essa nova realidade surgida da transição política, econômica e dos novos paradigmas da governança ambiental.

Ruptura Tecnológica

O Congresso também irá abordar aspectos da transição tecnológica, com a migração do consumidor de informação para o ecossistema digital, uma das mais profundas rupturas já vividas por um campo profissional. Isso se reflete não apenas no formato de apresentação do jornalismo, mas também em seus modelos de negócios. A reconstrução da imprensa como setor econômico é parte do atual momento disruptivo.

O Congresso conta com patrocínios importantes da iniciativa privada como das empresas Accor, Nespresso e Vivo. Além de fundamentais apoios de organizações e entidades do terceiro setor.

“Participar do CBJA aproxima a Nespresso de profissionais especializados no tema sustentabilidade, além de possibilitar maior transparência das ações e dos compromissos da marca para o desenvolvimento sustentável, gerando um diálogo positivo e relevante. Esperamos nos conectar e contribuir para as discussões, olhando o presente e o futuro de maneira integrada.”  Claudia Leite, Gerente de Criação de Valor Compartilhado & Comunicação Corporativa.

A Accor possui um programa global de desenvolvimento sustentável que se chama ‘Planet 21’ e envolve seus stakeholders por meio de mudanças de comportamento e consumo consciente. As três principais ações do programa são: Plant for the Planet, a conscientização quanto ao consumo de materiais de plástico e o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no Turismo. “Para a Accor, iniciativas que fomentem as melhores práticas em sustentabilidade e que conscientizem para este tema são essenciais na sociedade, por isso apoiamos o Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental. Antonietta Varlese, vice-presidente de Comunicação e Responsabilidade Social Accor América do Sul.

Debates, diálogos e oficinas

A Unibes Cultural é um moderno centro de eventos muito bem localizado ao lado de uma das mais belas estações da rede de Metrô da capital paulista, a Estação Sumaré. O Congresso irá contar com um teatro para 300 pessoas e salas menores para a realização de diálogos e oficinas. Além disso, o espaço também contempla amplos espaços para networking, convivência, café e conversas informais.

Durante os dois dias de eventos vamos proporcionar atividades com início às 10 da manhã.

Confira a programação completa do CBJA 2019 e inscrições gratuitas em: www.cbja.com.br

SERVIÇO
CONGRESSO BRASILEIRO DE JORNALISMO AMBIENTAL
DATA: 09 e 10 de agosto de 2019
HORÁRIO: das 10hs às 19hs
LOCAL: Unibes Cultural – Rua Oscar Freire, 2500 (ao lado da Estação Sumaré, Linha Verde do metrô).

INFORMAÇÕES
Reinaldo Canto

Fonte: ENVOLVERDE

IPEA divulga o Atlas da Violência dos municípios brasileiros.

Levantamento mostra crescimento da violência nas regiões Norte e Nordeste

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) analisou 310 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes em 2017 e fez um recorte regionalizado da violência no país. O Atlas da Violência – Retrato dos Municípios Brasileiros 2019, elaborado em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que houve um crescimento das mortes nas regiões Norte e Nordeste influenciado, principalmente, pela guerra do narcotráfico, a rota do fluxo das drogas e o mercado ilícito de madeira e mogno nas zonas rurais. O estudo identifica uma heterogeneidade na prevalência da violência letal nos municípios e revela que há diferenças enormes entre as condições de desenvolvimento humano nos municípios mais e menos violentos.

O município mais violento do Brasil, com mais de 100 mil habitantes, é Maracanaú, no Ceará. Em segundo lugar está Altamira, no Pará, seguida de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. Dos 20 mais violentos, 18 estão no Norte e Nordeste do país.  De acordo com o coordenador do estudo, o pesquisador Daniel Cerqueira, os municípios mais violentos têm 15 vezes mais homicídios relativamente que os menos violentos. “Em termos proporcionais, a diferença entre os municípios mais e menos violentes corresponde à diferença entre taxas do Brasil e da Europa”, compara. Nos municípios mais violentos, o perfil socioeconômico é mais parecido com os países latino-americanos ou africanos: as pessoas, em geral, não têm acesso à educação, desenvolvimento infantil e mercado de trabalho.

Apesar do aumento da violência em algumas regiões, o estudo do Ipea identificou também que 15 unidades federativas tiveram redução no índice de criminalidade entre 2016 e 2017. O levantamento apontou que, entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, Jaú é cidade menos violenta, seguida de Indaiatuba e Valinhos, todas em São Paulo. No ranking dos 20 municípios menos violentos, 14 são paulistas. Nas cidades menos violentas, os indicadores de desenvolvimento humano são mais parecidos com os países desenvolvidos.

Alguns dados surpreenderam os pesquisadores. Apesar de Santa Catarina ser um dos estados mais pacíficos, a taxa de homicídios em Florianópolis aumentou 70%, de 2016 para 2017. Por outro lado, houve diminuição das mortes em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde há uma boa organização policial e a solução de homicídios é maior do que no resto do país.

Os desafios no campo da segurança pública no Brasil são enormes, na avaliação do coordenador do estudo. “Há luz no final do túnel para dias com mais paz no Brasil e a luz passa por políticas focalizadas em territórios vulneráveis”, acredita Cerqueira. “Quando essas políticas são feitas e concatenadas com a política de qualificação do trabalho policial, com inteligência e boa investigação, se consegue, a curto prazo, diminuir os homicídios no país”, afirma. A solução, sugerida pelo estudo conjugaria três pilares fundamentais. Em primeiro lugar, o planejamento de ações intersetoriais, voltadas para a prevenção social e para o desenvolvimento infanto-juvenil, em famílias de situação de vulnerabilidade. Em segundo lugar, a qualificação do trabalho policial, com mais inteligência e investigação efetiva. Por fim, o reordenamento da política criminal e o saneamento do sistema de execução penal, de modo a garantir o controle dos cárceres pelo Estado.





Fonte: ENVOLVERDE

Poluição do ar: assunto transversal nos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.


Por Sucena Shkrada Resk* – Blog Cidadãos do Mundo

Análise é feita pelo médico-patologista e pesquisador Paulo Saldiva, diretor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP), em entrevista especial ao Blog Cidadãos do Mundo – jornalista Sucena Shkrada Resk

Não é por acaso que o sistema da Organização das Nações Unidas (ONU) elencou a poluição do ar como assunto prioritário na agenda mundial, neste ano, relacionado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), com metas estabelecidas pelos países até 2030. Para subsidiar esta pauta, várias iniciativas estão ocorrendo, entre elas, a elaboração do documento “Poluição do Ar e Saúde. Uma iniciativa político-científica da Academia de Ciência da África do Sul, da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Nacional de Ciências da Alemanha Leopoldina, das Academias Nacional de Medicina dos EUA e Nacional de Ciências dos EUA.

As organizações propõem a implementação de um pacto global para o controle e redução da poluição do ar, que seja uma prioridade para todos (líderes de governos, empresas e cidadãos). Um exercício para se repensar e revitalizar as cidades, as regiões metropolitanas quanto ao aspecto de uso e ocupação do solo, mobilidade urbana, fonte de energia e saúde ambiental, entre outros. A proposta foi apresentada na sede da ONU, em Nova York, em junho deste ano.

Afinal, a sustentação na esfera da geopolítica internacional não falta. Como argumento, mencionam a já existência de diferentes acordos, resoluções, convenções e iniciativas. Entre essas, estão o Protocolo de Montreal, a Convenção sobre a Poluição Atmosférica Transfronteiriça a Longa Distância da Comissão Econômica para a Europa das Nações Unidas, e a resolução sobre os impactos da poluição do ar na saúde humana da Assembleia Mundial da Saúde (ligada à OMS).

No documento, ainda enfatizam que – “… O crescimento econômico que aceita a poluição do ar e ignora os impactos ambientais e na saúde pública é insustentável e antiético. A queima de combustíveis fósseis e de biomassa é a maior fonte de poluição do ar a nível global…”
Paulo Saldiva

No grupo de cinco pesquisadores brasileiros, que compõem a produção do documento internacional, se encontra o patologista e pesquisador Paulo Saldiva, diretor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP), que é o entrevistado especial desta semana, do Blog Cidadãos do Mundo – jornalista Sucena Shkrada Resk. Estudioso internacional em saúde ambiental, há algumas décadas, Saldiva explica de forma didática, como o nosso organismo retrata os impactos da poluição do ar nas grandes cidades e consegue traduzir como acontece essa relação no meio ambiente, por meio de constatações de mais um estudo recente que realizou com equipe, em São Paulo. Ao mesmo tempo, aprofunda sua leitura sobre a configuração transversal do tema, nos 17 ODS/ONU.

Também integraram este grupo seleto com Saldiva, os professores Maria de Fátima Andrade, Paulo Artaxo, Nelson Gouveia (USP) e Simone El Khouri Miraglia, da Unifesp.

Para multiplicar as informações e orientações sobre esta agenda, com gestores à sociedade, foram também lançadas aqui no Brasil, no contexto regional da América Latina e Caribe, a campanha “Respire Vida”, com a cartilha “16 Medidas pela qualidade do Ar nas Cidades – um Chamado pela Saúde e pelo Meio Ambiente”, organizada pela Organização Pan-Americana de Saúde e pela ONU Meio Ambiente. O material destaca sugestões nas áreas de mobilidade urbana, geração de energia, processos industriais, ambiente doméstico, ambienta rural, gestão de resíduos e saúde humana. Um dos motivos cruciais: nesta região um percentual estimado de 80% da população vive em cidades.

Confira a entrevista de Paulo Saldiva sobre poluição do ar e saúde:

Blog Cidadãos do Mundo – jornalista Sucena Shkrada Resk – Professor Saldiva, no estudo sobre os efeitos da poluição do ar na saúde, que realizou com equipe de pesquisadores, na Faculdade de Medicina da USP, financiado pela Fapesp e publicado na revista científica Environmental Research recentemente, foram autopsiados 413 cadáveres na capital paulista. O que esta avaliação constatou e soma a alertas anteriores a respeito deste tema?

Paulo Saldiva – O estudo trata da relação da poluição do ar e o acúmulo de poluentes no pulmão de humanos. Primeiro, na cidade de São Paulo, a poluição é praticamente dominada pelo tráfego veicular. As indústrias gradativamente saíram da cidade ou foram atraídas para outros municípios, que apresentavam mais alternativas, além do imposto e de outras dificuldades do zoneamento urbano. Então, ficou o tráfego e a única indústria que permaneceu em São Paulo, foi a indústria da construção civil, que transforma o solo urbano em uma commodity e não em um common. Deixe-me explicar: o solo urbano passa a ter mais valor em áreas com maior acesso a serviços públicos, entre outros. Assim os empreendimentos comerciais ocupam estes espaços e o preço venal, seja de posse ou aluguel aumenta bastante. Então, as pessoas que menos podem vão morar cada vez mais longe, onde pode pagar por sua moradia. Isso impõe uma carga enorme de deslocamentos porque a cidade de São Paulo interage funcionalmente com outros municípios da região metropolitana e até com outras regiões metropolitanas. Por exemplo, é comum que pessoas que moram em Jundiaí, Campinas, Sorocaba, Santos e São José dos Campos, elas trafeguem em direção a São Paulo e vice-versa, fazendo com que sejamos um conglomerado de metrópoles, ou seja, de uma espécie de “metápolis”. Também é comum que passemos de quatro a cinco horas no trânsito.

Blog Cidadãos do Mundo – O que este estudo revela de alerta e mudanças emergentes no contexto da mobilidade urbana nas grandes cidades?

Paulo Saldiva – Quando você vê a rede de monitoramento ambiental da Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que tem séries históricas desde os anos 70, você percebe que, de fato, houve uma redução da poluição, mas existe uma concentração de poluentes na região central da cidade, onde existem mais carros e mais congestionamentos. Então, como visto pelo olhar das estações de monitoramento, a poluição é um fenômeno do centro da cidade de São Paulo. No entanto, quando se olha na sala de autópsia, o pulmão dos paulistanos, é possível ver pequenas manchas de carbono, às vezes, até em grande intensidade, da mesma forma que acontece com os fumantes. Este carbono (esta fuligem) é inalada pelos pulmões e como possui substâncias tóxicas, produz certa reação inflamatória e pode ficar preso para sempre ali, como forma de uma cicatriz escura. E se pode medir isto. Foi o que a gente fez. Na sala de autópsia do serviço de verificação de óbitos, que funciona na Faculdade de Medicina da USP, nós fotografávamos a superfície do pulmão, medíamos a superfície da pleura ocupadas por manchas escuras. Tínhamos de pedir a autorização das famílias para fazer isto e ao mesmo tempo apresentávamos um questionário que relatava o tempo de moradia em São Paulo, tempo de ocupação, se era fumante ativo ou passivo, e como também tínhamos o endereço, dava para saber a densidade de ruas e tipo de tráfego da região onde a pessoa morava e até a proximidade a uma avenida de maior fluxo.

Blog Cidadãos do Mundo – E quanto à saúde preventiva e ao comportamento da sociedade em cidades metropolitanas, como São Paulo?

Paulo Saldiva – Bom, o que deu para ver é que quando você coloca, então, cada pulmão de indivíduo em uma estação de monitoramento, é que a poluição não é um fenômeno da região central e, sim, da periferia da cidade. Como é que a gente explica isto?  Possivelmente, estas pessoas que moram mais longe do centro são aquelas que permanecem mais tempo circundadas por canos de escapamento, presas em congestionamentos intermináveis, enquanto vão e voltam no caminho da sua casa até o seu serviço. Também há muitas pessoas em São Paulo, que ao findar as oito horas do trabalho convencional, quando têm, fazem um bico dirigindo carros ou entregando coisas nas ruas da cidade. Então, embora tenhamos reduzido a poluição doa ar da cidade, isso, um fruto de uma política de melhoria tecnológica de motores e combustíveis, nós ainda temos como fator determinante da nossa dose, o tempo que permanecemos nas ruas e os nossos hábitos de mobilidade. Ou seja, embora a nuvem de poluição quando a gente olha de cima a cidade, seja mais ou menos homogênea, quem leva mais poluição dentro de si, são aqueles que ficam mais tempo no tráfego. Isso é equivalente a quatro a cinco cigarros por dia, porque nós temos dessa fuligem inalada, fumantes e não-fumantes, nessa série de pacientes e podemos, então, comparar o equivalente tabágico do que representa o deslocamento urbano em nossas ruas. Isso é mais ou menos o resumo deste trabalho.

Esta pesquisa sobre este “tabaco ambiental” foi publicada recentemente, em junho, na Environmental Research.

Blog Cidadãos do Mundo – Com estas constatações, qual sua análise sobre as mudanças emergentes necessárias para combater a poluição, que competem à gestão pública, desde a questão energética ao custo à saúde humana?

Paulo Saldiva – Para combater a poluição, não bastam só novos motores e tecnologias, mas temos de pensar transporte público de baixa emissão e alta eficiência. Quanto a políticas públicas, tudo está inventado, nada precisa ser descoberto, mas ser, sim, implementado. O controle da poluição do ar depende de fontes de energia mais limpas, que já estão disponíveis e de priorizar o transporte coletivo de baixa emissão, que também está disponível. Para isso, a gente precisa colocar os co-benefícios econômicos do controle da poluição. Controlar a poluição dá lucro. Então, para cada unidade de investimento em controle de poluição, geralmente se ganha de duas a três mortes evitadas e o aumento de produtividade no país. É por isso que muitos países, inclusive, a China, estão pegando pesado no controle da poluição do ar. Este controle também leva ao controle dos GEES por causa da eficiência energética.

Blog Cidadãos do Mundo – Professor, fale mais a respeito da necessidade dessas mudanças emergentes, que envolvem também a mudança de comportamento da sociedade.

Paulo Saldiva – O que tem de ser feito? Basicamente fazer conta. Hoje a gente está subsidiando energias sujas com vidas humanas e dinheiro. Quer dizer que isso não é justificável, nem do ponto de vista moral, fazendo as pessoas morrerem antes do tempo, principalmente as mais pobres; como também, não é econômico. Porque o dinheiro que você arrecada desta economia ao utilizar uma energia suja, como carvão, você perde em redução de produtividade econômica e em custos diretos e indiretos da saúde. Há vários estudos mostrando isso. No nosso caso específico do Brasil, não acredito muito nas políticas públicas. A gente carece – no artigo princípio valores, está em falta na prateleira da política nacional, no almoxarifado, nós deveremos ter mudanças de comportamento. Elas já estão ocorrendo. Há um maior apelo para transporte coletivo, já há mais interesse em você utilizar transporte público e morar mais perto da condução. A ideia de possuir um carro e gastar de forma absurda, como levar mil quilos de latas para qualquer lado que você vai, está perdendo espaço entre a população mais jovem. Para quem insiste nestas práticas, não é que estas pessoas sejam intrinsecamente más, mas insistem porque são frutos de uma educação e cultura que foram vigentes até muito recentemente. Se você visitar as páginas de anúncios imobiliários, por exemplo, do Estadão, como eu fiz, dos anos 70 e 80, a maior propriedade de um apartamento era número quartos e de vagas na garagem.. Hoje é a proximidade de um parque, um terminal de metrô ou de ônibus. Enfim, a metragem está caindo muito e nós não estamos precisando mais de tanto espaço para viver. É um processo lento, mas vai ocorrer. Eu sou otimista. As cidades que geraram os problemas, mas nas ruas das cidades é que mora a criatividade, principalmente nos momentos de crise.

Blog Cidadãos do Mundo – Qual é a relação da poluição atmosférica com as 17 metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU?

Paulo Saldiva – Quanto à relação entre o controle da poluição e as metas de atingimento dos ODS/ONU para 2030, eu não consegui achar sequer uma das metas das 17 que não encaixasse espaço para o controle da poluição do ar. Este tema passa por educação, ou seja, mudança de comportamento e educação mais saudável, cidades mais eficientes, diminuição da equidade, uma vez que as pessoas que menos podem são as que recebem mais poluição. A poluição é mais frequente nos países mais pobres e dentro dos países pobres, nas comunidades mais desfavorecidas. Atinge a saúde, o controle tanto de doenças infecciosas, crônicas e não-transmissíveis – como diabetes, infarte e câncer. Nós também temos um objetivo, que é o controle da poluição, quando melhora a eficiência e utiliza combustíveis mais limpos e tecnologias mais eficientes. Dessa forma, você reduz ao mesmo tempo, a emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEEs). Ao fazer isso, melhora, inclusive, a segurança alimentar.



Fonte: ENVOLVERDE

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Nova Iguaçu; Cidade do CAOS!

O descaso dos "gestores" públicos com uma cidade de potencial natural inigualável.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Viaduto Padre João Mush – Reforma de PÉSSIMA QUALIDADE!

Neste vídeo abordaremos a PÉSSIMA REFORMA realizada no Viaduto Padre João Mush, onde partes do viaduto vem caindo, e a imagem do viaduto, não teve qualquer ação, que a tornasse uma imagem agradável.