Especialistas apelam por maior proteção
contra resíduos de plástico nos oceanos.
O constante acúmulo de lixo nos oceanos do mundo
é um “enorme desafio” e uma crescente ameaça aos ecossistemas marinhos do
planeta com pleno potencial para provocar “consequências socioeconômicas
significativas”, alertaram especialistas, políticos e delegados no último
dia do 16° Encontro Mundial das Convenções Marítimas Regionais e Planos de Ação
do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), na última quarta-feira (01).
O evento foi realizado em Atenas, na Grécia, em
meio à crescente preocupação global sobre a acumulação de resíduos de plástico
nos oceanos e mares. Um problema, que segundo os especialistas, pode
representar cerca de 13 bilhões de dólares em danos à vida e habitats marinhos,
e que exige uma solução abrangente.
Na ocasião, foi criado um “plano visionário” que
busca traçar um caminho para a gestão dos oceanos na próxima década, em
especial nas áreas de extração, governança, impactos da mudança climática, e a
acidificação e poluição dos oceanos. “Ter um plano vai nos manter, e aqueles
que nos seguem, com foco nos resultados que precisamos alcançar nas próximas
décadas”, disse a coordenadora do PNUMA sobre Água Doce e Ecossistema Marinho,
Jacqueline Alder.
Além disso, em amplo consenso, foi alertado que
os microplásticos merecem mais atenção e seu impacto físico e biológico sobre
os ecossistemas marinhos deve ser melhor analisado. Também foi aconselhado uma
abordagem de três níveis para combater o lixo marinho em nível nacional,
regional e municipal para diminuir a carga que geralmente cabe aos municípios
de administrar o descarte de resíduos sólidos.
Fonte: ONU Brasil
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