Sinal de fumaça.
por Redação do Greenpeace
Queimada no Parque
Florestal Jamanxin, no Pará, próximo a BR-163. Foto: © Greenpeace/Rodrigo
Baleia.
As queimadas na Amazônia aumentaram este ano
e a fumaça já chega até o sul do País, que também sofre com a falta de água.
No Norte do País, o período de julho a outubro é
marcado pelo aumento da temperatura e diminuição das chuvas, o que caracteriza
o chamado “verão amazônico”. É neste período também que, infelizmente, o número
de queimadas aumenta na região, seja para a renovação de pastagens ou para a
abertura de novas áreas, queimando floresta em pé ou já parcialmente derrubada.
“Essas queimadas, além de destruírem a floresta,
liberam grandes quantidades de gases do efeito estufa, contribuindo assim para
o aumento da temperatura global, o que vai contra os compromissos assumidos
internacionalmente pelo Brasil para redução de emissões”, afirma Rômulo
Batista, da campanha da Amazônia do Greenpeace.
Depois de o governo federal confirmar o aumento
de 29% no desmatamento da Amazônia no ano passado e o DETER divulgado no início
do mês apontar uma tendência de novo aumento esse ano, as queimadas parecem
seguir a mesma linha de crescimento, com expansão para diferentes regiões da
Amazônia.
Ao compararmos os números de janeiro a agosto
deste ano, com o mesmo período de 2013, houve um aumento de 36% em média nos
focos de queimadas nos estados da Amazônia Legal. Assim como na projeção do
desmatamento, o Pará lidera no número de incêndios, com 109% de aumento. Além
do aumento no número de queimadas e incendios outro fato que chama a atenção é
que, no estado do Pará, a maior parte dos focos se concentra ao longo da BR
163. A região, segundo dados do INPE, também apresentou grandes áreas de
desmatamento, no entorno do Parque Indígena do Xingu.
Focos de incêndio no dia
13/09 ao longo da BR 163. Foto: © Greenpeace
As consequências das queimadas no entorno do
Parque Indígena do Xingu, não afetam somente a região, mas também a região sul
do País, já que a fumaça produzida a partir das queimadas na região acaba
levada pelas correntes de ar. “Assim como as chuvas produzidas na Amazônia
irrigam todo o Brasil, os mesmos ventos levam a fumaça das queimadas para o sul
do País, que já sofre este ano com uma forte estiagem e falta de chuvas”,
explica Rômulo.
Focos de queimadas no
entorno do Parque Indígena do Xingú e o percuso da fumaça até o sul do país.
Foto: © Greenpeace.
As consequências do desmatamento e queimadas na
Amazônia não afetam apenas o ecossistema local e as pessoal que habitam a
região, mas todo o Brasil. Para combater esses problemas mais de um milhão de
brasileiros, de todos os estados, já apoiaram o projeto de lei popular pelo
desmatamento zero. O mundo precisa da Amazônia viva.
Fonte: Greenpeace



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